Resumo

Título do Artigo

AVALIAÇÃO DA AMBIÊNCIA DE INOVAÇÃO EM INCUBADORAS DE MINAS GERAIS
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Palavras Chave

Ambiente de inovação
Incubadoras
Manual de Oslo

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Daniel Jardim Pardini
UNIVERSIDADE FUMEC (FUMEC) - Programa de Doutorado e Mestrado em Administração
2 - Dalila Pereira Rodrigues
UNIVERSIDADE FUMEC (FUMEC) - Belo Horizonte
3 - Cacilda Maria de Almeida
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Reumo

Pesquisas que norteiam a importância do tema inovação têm indicado os atributos da capacidade de inovar e as formas de mensuração e maximização dos resultados advindos de processos inovadores (SCHUMPETER, 1982; TIGRE, 2006; TIDD, BESSANT, PAVITT, 2008; e OCDE, 2005). As incubadoras emergem nesse cenário, como uma forma estruturada de organização que recebe iniciativas empreendedoras de novos negócios. O presente estudo analisa a ambiência da incubadora como as atividades empreendedoras são destinadas a alavancar talentos e acelerar o desenvolvimento de empreendimentos inovadores.
A presente pesquisa busca responder à seguinte questão de pesquisa: Qual a avaliação dos gestores de empresas incubadas para a ambiência de inovação promovida por incubadoras a partir do modelo de Oslo?A partir deste entendimento, o estudo objetiva avaliar o ambiente de inovação proporcionado por incubadoras do Estado de Minas Gerais para o desenvolvimento de produtos e serviços, processos, marketing e gestão organizacional.
Três abordagens podem ser identificadas nos estudos sobre inovação: as perspectivas empreendedora, econômica e comportamental. Os trabalhos desenvolvidos pelo economista austríaco Schumpeter influenciaram as teorias da inovação ao relacionar a inovação com o papel do empreendedorismo no crescimento econômico. Também serão abordados no referencial o Manual de Oslo, suas dimensões de inovação e ambiência, os tipos e papéis das incubadoras, além das relações estabelecidas juntamente às universidades.
A investigação foi realizada por meio de uma survey, elaborada com 35 variáveis indicativas das dimensões ambiência para inovação. O questionário foi aplicado junto aos gestores das 149 empresas incubadas da Rede Mineira de Inovação (RMI), presentes nas 21 incubadoras do Estado de Minas Gerais. Para avaliar os 54 questionários respondidos fez-se uso da estatística descritiva.
Mesmo com a alta frequência de empresas incubadas de base tecnológica, os gestores entrevistados revelam a ausência de contribuição das incubadoras no desenvolvimento de software para produtos ou serviços. A dimensão ambiência para inovar em processos apresenta os menores índices de reconhecida contribuição das incubadoras. Uma dimensão de reconhecida contribuição das incubadoras é o suporte prestado na função de marketing às empresas incubadas, em especial, aquelas competências praticadas na concepção de produtos e serviços, e busca de novos mercados.
Nas dimensões estudadas cabe destacar os elevados índices de contribuição das incubadoras em melhorias de geração de eficiência no atendimento ao cliente, na busca de mudanças significativas dos métodos de marketing e na implementação de novos meios para organizar as relações com empresas e instituições públicas. O presente estudo contribui para ampliar o conhecimento sobre os meios mais adequados para a avaliação da gestão da ambiência proporcionada pelas incubadoras aos projetos inovadores incubados.
FREEMAN, C., SOETE, L., The Economics of Industrial Innovation. Cambridge: The MIT Press, 2000. GRIMALDI, R.; GRANDI, A. Business incubators and new venture creation: an assessment of incubating models. Technovation, v.25, n.2, p. 111-121, 2005. ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – OCDE. Manual de Oslo: Proposta de diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação tecnológica. Tradução de Paulo Garchet, Rio de Janeiro: FINEP, 2004. TIGRE, Paulo Bastos. Gestão da Inovação: a economia da tecnologia do Brasil. 3.ed. Elsevier: Rio de Janeiro, 2006.