Resumo

Título do Artigo

OFICINA DE HOSPITALIDADE COM OS FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS DA FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA (RJ): DESCRIÇÃO E REFLEXÃO DA EXPERIÊNCIA
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Palavras Chave

Hospitalidade
Oficina
Fundação Casa de Rui Barbosa

Área

Turismo e Hospitalidade

Tema

Dimensões e Contextos da Hospitalidade

Autores

Nome
1 - Rômulo Duarte Silva de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - Faculdade de Turismo e Hotelaria
2 - Renata Garanito de Abreu Rodrigues
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - Intituto Coppead de Administração

Reumo

A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) selecionou no ano de 2014 seis bolsistas graduados em turismo com o objetivo de melhorar qualificação do espaço. Dentre as ações realizadas pelo grupo, destaca-se a realização de uma oficina de hospitalidade junto aos funcionários terceirizados que atuam na FCRB. A direção do Museu Casa de Rui Barbosa (MCRB) notara que a maior parte dos vigilantes, recepcionistas, jardineiros e funcionários da limpeza nunca havia entrado no museu, senão para as suas obrigações laborais. O presente artigo registra o processo de construção da Oficina de Hospitalidade.
O presente artigo tem como objetivo promover uma descrição e reflexão acerca da Oficina de Hospitalidade realizada no mês de agosto de 2015 com os funcionários terceirizados da FCRB.
Este trabalho foi fundamentado em referências clássicas de hospitalidade como: “Ensaio sobre a dádiva” de Marcel Mauss (2005); Leonardo Boff (2005); Luiz Octávio de Lima Camargo (2004) e Lucio Grinnover (2006).
Por ser fruto de experiências e observações ocorridas antes, durante e depois da oficina, este se configura como um trabalho teórico-empírico de caráter descritivo. Após a oficina, foi aplicado um questionário anônimo para saber quais foram as impressões que os participantes tiveram sobre a atividade. As impressões dos bolsistas sobre a atividade também serão registradas, sublinhando, sobretudo, a necessidade de pensar acerca da relação que as instituições culturais estabelecem com seus funcionários terceirizados.
Com relação aos resultados obtidos, pode-se destacar que os comentários das duas perguntas abertas foram, em sua totalidade, comentários positivos que destacaram o agradecimento dos participantes por poderem participar da oficina, bem como do conteúdo adquirido nela. As perguntas objetivas, destacam que a apresentação do conteúdo facilitou o entendimento da oficina, os mediadores souberam passar o conteúdo e a compreensão dela como um todo foi considerada fácil. A totalidade dos funcionários, destacaram que acreditavam que iriam conseguir aplicar os conhecimentos aprendidos na oficina.
Há, geralmente, uma grande preocupação em como receber o público, porém se olvida das pessoas que estão próximas, mas que não são convidadas para ocuparem o espaço em questão fora do tempo de trabalho. Um dos maiores méritos da oficina de hospitalidade com os terceirizados foi, premeditadamente, não se caracterizar como uma aula de boas maneiras ou um adestramento dos funcionários. O foco da atenção era justamente os funcionários e não os visitantes. Apesar de não ser a intenção final, percebeu-se o quanto a relação dessas pessoas com o público e com os colegas de trabalho melhorou.
BOFF, Leonardo. 2005. CAMARGO, Luiz Octávio, 2004. CARVALHO, Ana Cristina, 2013. COSTA, Thais; DUARTE, Rômulo. 2016. DENCKER, Ada de Freitas Maneti. 2004. FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA. 2017. GRINOVER, Lucio. 2006. ICOMOS – INTERNATIONAL COUNCIL ON MUNUMENTS AND SITIES, 1981. MAGALHÃES, Rejane Mendes Moreira de Almeida., 1994. MAUSS, 2005. MUSEU CASA DE RUI BARBOSA. 2013. OLIVEIRA, Lucia Lippi, 2008. RANGEL, Aparecida Marina de Souza, 2015. VEJA RIO. O teste dos museus cariocas, 2016.