Resumo

Título do Artigo

SEIS DÉCADAS DE FINANÇAS: um estudo bibliométrico como proposta de mapeamento das principais temáticas
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Palavras Chave

Teorias de Finanças
Mapeamento bibliográfico
Bibliometria

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Propriedade e Reestruturações

Autores

Nome
1 - José Willer do Prado
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
2 - ANA ELIZA FERREIRA ALVIM DA SILVA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA)
3 - Francisval de Melo Carvalho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
4 - Mírian Rosa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Ciências Exatas

Reumo

A área de finanças é anterior aos anos de 1950, entretanto, o que hoje é intitulado como finanças modernas passa a existir apenas na década de 1950, quando Markowitz (1952) apresenta seu trabalho sobre a diversificação de portfólios. Nesse momento, o campo das finanças ganha um aspecto mais racionalista, e a lógica do pensamento vigente passa a ser alterada apenas por trabalhos originais a cada época (FARIA et al., 2015). Contudo, Iquiapaza et al. (2009) consideram que foi apenas na década de 1980 que surgiram propostas alternativas, como é o caso dos estudos sobre behavioral finance.
Considerando que a teoria de finanças está em desenvolvimento e que ao longo de sua história o pensamento vigente vem se modificando, o presente trabalho tem como objetivo mapear, por meio de análise bibliométrica, as principais temáticas do campo científico de “finanças”. Para alcançar o objetivo proposto, focou-se nos principais periódicos da área de finanças internacionalmente, visando assim, compreender uma ampla literatura que represente a temática em estudo.
Ardalan (2001) afirma que todas as teorias de finanças são fundamentadas por meio de uma filosofia da ciência e de uma teoria da sociedade. Muitos teóricos parecem ignorar os pressupostos paradigmáticos subjacentes às teorias das finanças. Normalmente eles enfatizam apenas alguns aspectos do fenômeno e ignoram outros. A menos que levantem as suposições paradigmáticas subjacentes às teorias, sua análise pode ser enganosa, pois ao enfatizar diferenças entre teorias, elas implicam uma diversidade de abordagens.
A pesquisa se caracteriza como uma análise bibliométrica. Adotou-se o framework de pesquisa utilizado por Prado et al. (2016). Realizou-se uma etapa quantitativa de levantamento das referências. Os periódicos foram definidos por meio do Academic Journal Guide 2015, disponibilizada pela CABS, Chartered Association of Business Schools (2015). Na busca realizada, por meio da base da Web of Science, foram obtidas uma amostra de 14.823 artigos. Na sequência, com auxílio do software CiteSpace (CHEN, 2004) realizou-se uma etapa qualitativa para elucidar as principais temáticas no campo de finanças.
Foram mapeadas quatorze temáticas: as primeiras anteriores a década de 1970 (Estrutura de Capital; Teoria Econômica de Leilões; Equilíbrio de Mercado; Risco de Crédito); algumas foram divulgadas na década de 1970 (Teoria de Mercado Eficiente; Teoria de Precificação de Opções Financeiras; Teoria da Agência; Custos de Agência); outras foram divulgadas na década de 1980 (Liquidez de Mercado; Estrutura de Propriedade; Teoria do Fluxo de Caixa Livre) e, finalmente, as mais atuais são Teoria de Precificação de Ativos de Capital 1992, Retornos sobre Ações de 1993 e Governança Corporativa de 1997.
Esse mapeamento permite constatar a multiplicidade de temáticas do campo de finanças ao longo de mais de sessenta anos, além de ampliar a compreensão do mapeamento para estudos que apresentem temáticas e não apenas indicadores bibliométricos. E oferece direcionamentos para que os pesquisadores possam se engajar na construção de diversas pesquisas empíricas específicas, seja de teste de validade, complementação ou críticas às temáticas destacadas.
ARDALAN, K. On the Role of Paradigms in the Field of Finance. Academy of Accounting and Financial Studies Journal, v. 5, n. 1, p. 1, 2001. CABS, Chartered Association of Business Schools. 2015. Disponível em: . Acesso em: 01 maio 2017. IQUIAPAZA, R. A., AMARAL, H. F.; BRESSAN, A. A. Evolução da Pesquisa em Finanças: Epistemologia, Paradigma e Críticas. Revista O&S, v. 16, n. 49, pp 351- 370. 2009. MARKOWITZ, H. Portfolio selection. The Journal of Finance, v. 7, n. 1, p. 77-91, 1952.