Resumo

Título do Artigo

DETERMINANTES INSTITUCIONAIS DO DESEMPENHO SOCIAL CORPORATIVO: COMPARAÇÃO ENTRE EMPRESAS NO BRASIL E CANADÁ
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Palavras Chave

Desempenho Social Corporativo
Sistema Nacional de Negócios
Teoria Institucional

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Desempenho Social Corporativo (CSP)

Autores

Nome
1 - Rômulo Alves Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria
2 - Pedro de Barros Leal Pinheiro Marino
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria
3 - Sílvia Maria Dias Pedro Rebouças
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
4 - Mônica Cavalcanti Sá de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Contabilidade

Reumo

O estudo avalia a influência do ambiente institucional do Brasil e do Canadá sobre o desempenho social corporativo. Adota-se os pressupostos da teoria institucional para investigar se os aspectos-chave que moldam o sistema nacional de negócio são capazes de influenciar a propensão das empresas a práticas socialmente responsáveis.
Nesse contexto, o estudo tem como objetivo investigar em que extensão as características do ambiente institucional do Brasil e Canadá influenciam o desempenho social corporativo. A pesquisa contribui com a construção de um indicador capaz de avaliar o desempenho social corporativo e compara o impacto do ambiente institucional de um país desenvolvido e outro emergente nas estratégias empresariais.
A fundamentação teórica da pesquisa parte da Teoria Institucional, em especial do Sistema Nacional de Negócios, considerando os aspectos-chave levantados por Whitley (1999): controle de corrupção, educação, financiamento pelo mercado financeiro e qualidade das relações entre trabalhadores e empregados. Com base em estudos anteriores como Matten e Moon (2008) e Ioannou e Serafeim (2012), discute-se como o desempenho social e ambiental das empresas podem diferenciar de acordo com as características institucionais, em especial quando são considerados países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Foram analisadas empresas do setor de materiais básicos, petróleo e gás e utilidade pública do Brasil e do Canadá, no período de 2007 a 2014. O desempenho social e ambiental foi medido a partir dos indicadores de desempenho do Global Reporting Initiative (GRI), e as características do SNN foram medidas com indicadores de diferentes fontes como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Transparecy International, Banco Mundial e World Economic Forum. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial (teste T), e regressão de dado em painel.
Os resultados evidenciam a importância do controle de corrupção sobre a propensão a práticas de RSC das empresas. Observou-se uma associação positiva e significante desta variável com o DSC das empresas brasileiras, e uma relação inversa nas canadenses, com uma ausência de significância para a amostra em geral. Considerando a relação qualidade das relações entre sindicatos e empregadores, a variável mostrou-se significativa e positiva para os dois países apenas da dimensão social do DSC.
A pesquisa identifica o efeito de características do sistema nacional de negócios na extensão do desempenho social corporativo. A utilização dos indicadores para as estruturas institucionais que moldam o SNN permite novos insights sobre o comportamento socialmente responsável das empresas. No campo gerencial, os resultados do trabalho indicam aos gestores que fatores externos à organização são capazes de influenciar sua estratégia.
IOANNOU, I; SERAFEIM, G. What drives corporate social performance? The role of nation-level institutions. Journal of International Business Studies, v. 43, n. 9, p. 834-864, 2012. MATTEN, D.; MOON, J. “Implicit” and “explicit” CSR: a conceptual framework for a comparative understanding of corporate social responsibility. Academy of Management Review, v. 33, n. 2, p. 404-424, 2008. WHITLEY, R. Divergent Capitalisms: the social structuring and change of business systems. Oxford: Oxford University Press, 1999.