Resumo

Título do Artigo

AUTOEFICÁCIA E COMPORTAMENTO GERENCIAL NO CONTEXTO DA AÇÃO PROFISSIONAL
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Palavras Chave

Autoeficácia
comportamento gerencial
gestores

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Keliane de Oliveira Cavalcante
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) - Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas

Reumo

Os gerentes possuem um importante papel como os coordenadores de todo e qualquer processo de mudança que se almeje fazer no serviço público, sendo indispensável, dotá-los de competências necessárias à promoção das mudanças impostas pelo contexto profissional. Alguns autores, a exemplo de Martínez e Salanova (2006), mostram a aplicação da autoeficácia à gestão de recursos humanos nas organizações, o que pode ser apropriado para o estudo do contexto gerencial.
A questão delineada para nortear este trabalho foi: quais as implicações da autoeficácia de gestores técnico-administrativos de uma Universidade Federal no contexto da sua ação profissional? Nesse sentido, este estudo objetivou perceber o nível de autoeficácia de gestores técnico-administrativos de uma Universidade Federal e as suas implicações comportamentais no contexto da ação profissional.
Para Bandura (1986), o ser humano pode assumir o controle de sua vida e influenciar o ambiente no qual está inserido. Pajares e Olaz (2006) apresentam a autoeficácia como as crenças de competência pessoal que propiciam um alicerce para a motivação, o bem estar e as realizações dos indivíduos. As pessoas preferem desempenhar tarefas consideradas mais fáceis. Contudo, quanto maior o nível de autoeficácia, mais forte e constante será o esforço demandado a esse desempenho (BANDURA, 1982; MARTÍNEZ; SALANOVA, 2006), o que reforça a importância desse construto para o desempenho da função gerencial.
Estudo de caso, com finalidade exploratória e abordagem qualitativa, desenvolvido com 12 gestores técnico-administrativos de uma universidade federal. Os dados foram obtidos por meio de um questionário auxiliar e um roteiro de entrevista. Para a análise do questionário utilizou-se estatística descritiva. Já o processo utilizado para entender os significados das entrevistas foi baseado na análise de discurso.
Foi observada uma média geral de 3,3 e mediana 3,0. Isso pode sugerir que os gestores entrevistados possuem um elevado nível de autoeficácia geral percebida. Os entrevistados demonstram que se sentem seguros no exercício da função gerencial. A maior parte deles costuma se espelhar em comportamentos de outros colegas para obterem êxito na função. Eles demonstram estar abertos ao incentivo e ao feedback, e ainda, expuseram os estados fisiológicos que emergem do esforço no cotidiano da função gerencial que impactam no seu comportamento no trabalho.
A média de autoeficácia geral percebida encontrada na pesquisa (3,3) pode indicar que os gestores técnico-administrativos da Universidade Federal estudada possuem um nível elevado de autoeficácia. Esse resultado exerce influência nos resultados positivos desses gestores, ao passo em que eles se sentem mais seguros, conseguem lidar com situações difíceis e apontar diversas soluções aos problemas que surgem no exercício da função gerencial. Mesmo assim, a instituição pode se preocupar em buscar mecanismos de desenvolvimento de autoeficácia dos seus gestores.
BANDURA, A. A. Social foundations of thought and action: A social cognitive theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, Inc., 1986. ______. Self-efficacy mechanism in human agency. American Psychologist. v. 37, n. 2, 1982. MARTÍNEZ, I.; SALANOVA, M. Autoeficácia en el trabajo: el poder de creer que tú puedes. Estudios Financieros, v. 279, p. 175-202, 2006. PAJARES, F.; OLAZ, F. Teoria social cognitiva e auto-eficácia: Uma visão geral. In: BANDURA, A.; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. (Org.). Teoria Social Cognitiva: Conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed, p. 97-114, 2008.