Resumo

Os Negócios Sociais (NS) possuem como missão principal gerar empreendimentos que facilitem a minimização dos problemas sociais, gerando impacto social e mantendo a autossustentabilidade do negócio. É um campo recente de pesquisa do empreendedorismo social, que está evoluindo, e compõe o contexto do presente artigo. A Orientação Empreendedora (OE) caracteriza o empreendedorismo de uma organização.

Este artigo tem como objetivo apresentar proposições preliminares sobre a orientação empreendedora, seus antecedentes e resultados em negócios sociais.

Os Negócios Sociais (NS) são modelos híbridos que buscam maximizar o impacto social garantindo a autossustentabilidade financeira do negócio, equilibrando os dois objetivos (Yunus, 2016). Buscando analisar os negócios sociais, será utilizada a Orientação Empreendedora (OE). Os temas NS e OE podem ser vistos como um campo de oportunidade para pesquisas, pois os estudos sobre empreendedorismo crescem nos últimos anos, atraindo a atenção como assunto frequente (Short, Ketchen, Combs, & Ireland, 2010). A OE trata do estudo do empreendedorismo no nível organizacional.

Consiste em um estudo exploratório e qualitativo, cujo método foi composto por entrevistas em profundidade com empreendedores de três negócios sociais, buscando compreender as cinco dimensões da OE (inovatividade, proatividade, assunção de riscos, autonomia e agressividade competitiva), seus antecedentes e resultados no contexto de NS.

Os resultados apontam proposições iniciais sobre a OE no contexto social, contribuindo para o debate sobre o empreendedorismo em NS.

Destacou-se como antecedente principal, corroborando com a teoria do empreendedorismo social, a motivação ou missão social, comportando-se conforme o esperado, em que as motivações dos negócios sociais são coletivas e priorizam os objetivos sociais. Os três negócios sociais se apresentaram bastante proativos e possuem comportamento pioneiro, afinal iniciaram ações que são copiadas por outros negócios sociais, servem de referência para novos negócios. Aqui vale o destaque para a habilidade em networking, os três empreendimentos afirmaram trabalhar em rede.

Lumpkin, G. T., Moss, T. W., Gras, D. M., Kato, S., & Amezcua, A. S. (2013). Entrepreneurial processes in social contexts: how are they different, if at all? Small Business Economics, 40(3), 761–783. Martens, C. D. P., & Freitas, H. (2010). Orientação empreendedora nas organizações e a busca de sua facilitação. Gestão. Org-Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 6(1). Miller, D. (1983). The correlates of entrepreneurship in three types of firms. Management science, 29(7), 770-791.