Resumo

Título do Artigo

Os efeitos da amplitude e da profundidade das alianças para inovação nas dimensões da capacidade de absorção
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Palavras Chave

Capacidade de absorção
Alianças
PINTEC

Área

Gestão da Inovação

Tema

Gestão do Conhecimento, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Autores

Nome
1 - Marlon Fernandes Rodrigues Alves
FEA-RP/USP - DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
2 - Alexandre Rodrigues Cajuela
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP)
3 - Tatiane Furukawa Liberato
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR) - Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH)
4 - Maria Gabriela Montanari
FEA-RP/USP - Administração
5 - SIMONE VASCONCELOS RIBEIRO GALINA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA-RP

Reumo

A literatura é limitada, contando com poucos trabalhos que consideram empiricamente a influência das alianças na capacidade de absorção, principalmente devido às dificuldades operacionais e de construções adequadas. Assim, são necessários estudos que determinem empiricamente quais antecedentes interorganizacionais têm impacto na capacidade de absorção como: gestão de alianças, desenvolvimento de conhecimento em redes e relacionamento entre empresas (VOLBERDA; FOSS; LYLES, 2010).
O presente estudo tem como objetivo analisar como a amplitude e a profundidade das alianças contribuem para o desenvolvimento da capacidade de absorção das empresas analisadas. Verifica assim a importância das alianças no desenvolvimento das dimensões da capacidade de absorção, examinando o efeito curvilíneo na suas duas dimensões, CA potencial e CA realizada (ZAHRA; GEORGE, 2002).
De acordo com Laursen e Salter (2006), a amplitude pode ser definida como o número de fontes externas ou canais de pesquisa nas quais as empresas dependem em suas atividades inovadoras. Já a profundidade, pode ser definida em termos de extensão em que as empresas se aprofundam nas diferentes fontes externas ou canais de pesquisa. Juntas, as duas variáveis representam a abertura dos processos de busca externa das empresas.
A hipóteses da pesquisa foram testadas usando microdados da PINTEC por meio do modelo logit de dados em painel com efeitos fixos. Foram utilizadas 5 edições da pesquisa (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011). As variáveis foram construídas com base na literatura de referência.
Dentre as 4 hipóteses testadas, 2 tiveram suporte dos resultados: foi identificado o efeito curvilíneo (U invertido) da amplitude (H1) e da profundidade (H3) na capacidade de absorção potencial. Assim, não houve suporte para nenhum efeito das alianças na capacidade de absorção realizada.
As empresas podem desenvolver capacidade de absorção potencial por das alianças, mas devem gerenciar o excesso de diversidade de parceiros ou de intimidade com os parceiros, sob pena de retornos decrescentes. Por outro lado, as alianças não apoiam o desenvolvimento da capacidade de absorção realizada, a qual parece depender de fatores majoritariamente de fatores intraorganizacionais.
LAURSEN, K.; SALTER, A. Open for innovation: the role of openness in explaining innovation performance among U.K. manufacturing firms. Strategic Management Journal, v. 27, n. 2, p. 131–150, 2006. VOLBERDA, H. W.; FOSS, N. J.; LYLES, M. A. PERSPECTIVE—Absorbing the Concept of Absorptive Capacity: How to Realize Its Potential in the Organization Field. Organization Science, v. 21, n. 4, p. 931–951, 11 mar. 2010. ZAHRA, S. A.; GEORGE, G. Absorptive capacity: a review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, v. 27, n. 2, p. 185–203, 2002.