Resumo

Título do Artigo

O ESTÁGIO DA PRÉ-INTERNACIONALIZAÇÃO NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
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Palavras Chave

Pré-internacionalização
Pequena e Média Empresa
Aprendizagem

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Graziela Breitenbauch de Moura
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - I
2 - Andrei Carlos Torresani Paza
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajaí

Reumo

A exportação é tema de interesse para a inserção competitiva do Brasil, por meio das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), na economia mundial com o objetivo de estabelecer laços comerciais e econômicos com os países para expandir e diversificar os mercados. O estudo da expansão das PMEs brasileiras no cenário internacional há muito vem se desenvolvendo pelas políticas de comércio exterior com o intuito de fortalecer a competitividade, o investimento e a inovação (MDIC, 2014).
As PMEs não foram estudadas de forma tão extensiva quanto às empresas de grande porte a respeito de atividades internacionais (FORSMAN et al., 2002). Diante das dificuldades de inserção no mercado internacional, as mesmas precisam estar preparadas para este novo cenário competitivo por meio da aprendizagem e da capacidade de exportação. Baseado neste contexto, este artigo buscou analisar os estágios da pré-internacionalização nas PMEs, por meio da percepção dos gestores empreendedores, contribuindo para futuras capacitações, políticas públicas na cidade e projetos para internacionalização.
Tan et al. (2007) afirmam que durante o estágio de pré-internacionalização, a exposição da empresa a estímulos internos e externos inicia o processo de aprendizagem, desencadeando um impulso para a expansão ao mercado externo. A informação criada por este impulso pode ser internalizada de acordo com a percepção dos gestores tendo em vista seu comportamento atitudinal e psicológico, o pacote de recursos da empresa, bem como o efeito da rigidez lateral, gerando acúmulo de conhecimento experiencial, que por sua vez, eleva o nível de prontidão para internacionalização da empresa.
Pesquisa quantitativa, com levantamento de corte transversal com os dados coletados por meio de uma survey on-line pelo Google Form, aplicada em PMEs da cidade de Itajaí (SC). O questionário foi composto por 28 assertivas e por cinco blocos, referidos as variáveis do constructo da pré-internacionalização, usando escala do tipo Likert e de diferencial semântico de 5 pontos. A população considerada foi de 258 empresas e a amostra final foi de 104 PMEs respondentes (questionários validados). A variável dependente foi dicotômica: se a empresa realizava atividades de exportação ou não.
A variável relacionada aos Recursos da Empresa se Internacionalizar foi significativa e mostra uma associação positiva com a empresa ser exportadora: os administradores possuem conhecimento sobre o comércio internacional. De outro lado, a empresa não tem conhecimento adequado para se envolver com a exportação e a empresa não tem conhecimento de estímulos favoráveis a exportação (Rigidez da empresa para os Negócios Internacionais) tem correlação negativa para o indexador, assim, não apresentaram relação significativa com a empresa ser exportadora.
Esse resultado é consistente com a pesquisa de Cassilas et al. (2010) que evidenciam que a internacionalização é um processo de aprendizagem no qual uma base prévia de conhecimento é combinada com períodos de desaprendizagem e pela busca de novos conhecimentos. Verificou-se que na cidade de Itajaí é atribuída o fato que um número grande de empresas não exportadoras na amostra não está pronto para exportar pela falta de conhecimento da empresa sobre a exportação como um impulsionador para novos clientes e mercados.
FORSMAN, M.; HINTTU, S.; KOCK, S. (2002). Internationalization from a SME Perspective. IMP Conference, Dijon. MDIC. Competência. Disponível em: . Acesso em: 28/10/2014. TAN, A.; BREWER, P.; LIESCH, W. P. (2007). Before the first export decision: internationalisation readiness in the pre-export phase. International Business Review, v. 16, p. 294-309.