Resumo

Título do Artigo

Análise de medidas e escalas de capacidade de inovação em pequenas empresas de base tecnológica
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Palavras Chave

Capacidade de inovação
Desenvolvimento de escalas
Pequenas empresas

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Fernanda Konradt de Campos
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG
2 - Rafael Tezza
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG
3 - Éverton Luís Pellizzaro de Lorenzi Cancellier
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Departamento de Administração Empresarial

Reumo

Em todo o mundo, organizações geram e monitoram diversas métricas para balizar a tomada de decisão. Mensurar o quão inovadora uma empresa é, entretanto, mostra-se uma difícil tarefa para gestores de grandes empresas e, especialmente, para as de pequeno porte, que muitas vezes não possuem uma estrutura determinada, não realizam registros ou se quer começaram a comercializar seu produto. A mensuração da inovação de pequenas empresas, no entanto, é de grande importância tendo em vista o papel dessas organizações na economia e o montante investido por governos para seu desenvolvimento.
Neste sentido, possuir métricas para a mensuração da inovação é de extrema relevância tanto em nível empresarial, para o sucesso e desenvolvimento da organização, como em nível regional, para otimização de políticas, de modo a permitir um apoio mais eficaz para tais empresas, minimizar riscos e garantir o investimento de esforços em questões essenciais para seu desenvolvimento. Tendo em vista esta lacuna na teoria e prática, este artigo tem como objetivo analisar medidas e escalas para mensurar o construto capacidade de inovação de pequenas empresas de base tecnológica.
A capacidade de inovação é a propensão de uma organização produzir resultados inovadores, introduzir novos produtos ao mercado ou abrir novos mercados, combinando orientação estratégica com comportamento e processos inovadores. (WANG, AHMED, 2004). Muitos dos fenômenos analisados nas ciências sociais são de difícil mensuração. Neste caso, pesquisadores criam escalas para a mensuração de variáveis latentes, e devem seguir certas diretrizes para garantir sua validade e confiabilidade. (HAIR JR et al, 2005; DEVELLIS, 2012).
Neste estudo, foi realizada uma revisão da literatura em bases de dados a fim de se identificar tais medidas e escalas que, na sequência, foram analisadas de acordo com boas práticas para o desenvolvimento de escalas propostas por especialistas da área (HAIR JR et al, 2005; DEVELLIS, 2012). Dos 184 artigos encontrados, três foram selecionados para a análise aprofundada, por atenderem aos seguintes critérios estipulados: (1) a realização de estudos empíricos, (2) com a capacidade de inovação como variável latente e (3) que tenham sido aplicados em pequenas empresas de base tecnológica.
Das escalas analisadas, apenas uma procurou entender a Capacidade de inovação como um todo, sendo que as demais apenas verificam a influência de determinado aspecto sobre a capacidade de inovação. As escalas desenvolvidas a partir de escalas anteriores possuem a limitação de serem derivadas de estudos com grandes empresas. Apenas duas escalas foram validadas com especialistas, apontando uma validade de conteúdo, e realizaram a análise fatorial confirmatória, apontando uma validade de construto. Nenhuma apontou validade de critério ou foi replicada em uma segunda amostra ou por outros autores.
Ficou evidente a dificuldade de mensuração do construto capacidade de inovação. Poucas pesquisas foram desenvolvidas, tanto em nível de grandes empresas e, principalmente, no âmbito das pequenas empresas de base tecnológica. A única escala que apresentou uma tentativa de captar a capacidade de inovação de forma a incluir diversas dimensões não apresentou validade de conteúdo, construto e critério. Avalia-se, portanto, que a área carece de uma escala confiável e válida para a mensuração da capacidade de inovação em pequenas empresas de base tecnológica.
BÖRJESSON, S. LÖFSTEN, H. Capabilities for innovation in small firms – a study of 131 high-tech firms and their relation to performance. International Journal of Business Innovation and Reseach. v. 6, n. 2, 2012. DEVELLIS, R. F. Scale development: theory and application. 3rd ed. Beverly Hills, CA: Sage Publications, 2012. PARIDA, V. OSSI PESÄMAA, O. WINCENT, J. WESTERBERG, M. Network capability, innovativeness, and performance: a multidimensional extension for entrepreneurship. Entrepreneurship & Regional Development, 2016.