Resumo

Título do Artigo

MOTIVAÇÃO PARA AS PRÁTICAS DE DESCARTE DE DIFERENTES CATEGORIAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS MAPEADAS COM O SOFTWARE IRAMUTEQ
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Resíduos Sólidos Domésticos
Descarte
Iramuteq

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégia e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Lucilene Bueno Borges de Almeida
FACULDADE ALVES FARIA (ALFA) - Perimetral
2 - KAVITA MIADAIRA HAMZA
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração

Reumo

Para que haja a mudança no comportamento da população quanto à destinação correta dos resíduos no âmbito de suas residências, é necessário que o indivíduo perceba a dimensão do impacto de suas ações e reconheça o seu importante papel para a efetividade da gestão de resíduos sólidos, contribuindo para o enfrentamento dos problemas ambientais. No entanto, ainda são poucos os estudos no Brasil sobre os fatores que influenciam o comportamento adotado pelas pessoas no descarte dos diferentes tipos de resíduos sólidos domésticos.
Diante da necessidade de mudanças de atitude e de comportamento das pessoas para lidar com as questões ambientais relacionadas à geração de resíduos sólidos e considerando que os indivíduos possuem diferentes formas de descarte para os diferentes tipos de resíduos sólidos domésticos, o objetivo de pesquisa que se busca investigar no presente artigo é a motivação para a adoção do comportamento de separação das diferentes categorias de resíduos sólidos domésticos: secos, orgânicos, eletroeletrônicos e têxteis.
Para alcançar o objetivo proposto, este artigo iniciará com uma análise sobre a prática do descarte dos resíduos sólidos domésticos secos, orgânicos, eletroeletrônicos e têxteis. Após, serão apresentadas as análises à respeito das práticas de descarte dos diferentes tipos de resíduos sólidos domésticos e da motivação para a adoção do comportamento de separação apontadas através da utilização do software Iramuteq.
Os resultados deste estudo não têm a pretensão de serem representativos do universo, considerando que a pesquisa é qualitativa exploratória, e sua intenção é analisar as diferenças entre as diversas categorias de resíduos sólidos domésticos, de acordo com as características dos entrevistados. Foi selecionada uma amostragem não probabilística, utilizando-se como técnica para a coleta de dados 30 (trinta) entrevistas semiestruturadas em profundidade, com roteiro preestabelecido pela pesquisadora.
A análise dos dados possibilitou identificar comportamentos variados nos hábitos de descarte dos diferentes tipos de resíduos, onde cada indivíduo percebe o descarte de uma forma única e diferenciada, de acordo com a importância atribuída ao tipo de material a ser descartado, com a identificação de dois grupos: os que adotam alguma forma de separação e os que não adotam, fazendo o descarte de resíduos misturado junto ao lixo comum em suas residências. Quanto à motivação para a adoção de separação, foi apontado que a necessidade de reaproveitamento dos resíduos é o principal fator.
De modo geral, foi possível perceber que a maioria dos comportamentos estavam relacionados não apenas a comportamentos pró-ambientais, mas a um benefício pessoal que proporcionasse alguma vantagem, como a satisfação de uma necessidade, a vantagem econômica e a preocupação com a própria saúde. Finalmente, reconhecer que os hábitos e atitudes inadequadas desenvolvidos no cotidiano das residências é um grande fator de influência na degradação do meio ambiente, é um grande passo para possibilitar mudanças no comportamento de consumo e descarte dos resíduos sólidos domésticos.
DE OLIVEIRA, Camila Reis; BERNARDES, Andréa Moura; GERBASE, Annelise Engel. Collection and recycling of electronic scrap: A worldwide overview and comparison with the Brazilian situation. Waste Management, v. 32, n. 8, p. 1592-1610, 2012. EL-DEIR, Soraya Giovanetti. Resíduos sólidos: perspectivas e desafios para a gestão integrada. 2014. GRAHAM-ROWE, Ella; JESSOP, Donna C.; SPARKS, Paul. Identifying motivations and barriers to minimising household food waste. Resources, conservation and recycling, v. 84, p. 15-23, 2014.