Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DO SEGMENTO DE CARTÕES DE CRÉDITO PRIVATE LABEL NO MERCADO DO VAREJO DE MODA BRASILEIRO
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Palavras Chave

private label
porter
pest

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva Baseada na Organização Industrial

Autores

Nome
1 - João Vicente Barreto da Costa Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas
2 - Selene de Souza Siqueira Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - departamento de engenharia de produção e sistemas

Reumo

Empresas varejistas tem usado cartões proprios, chamados cartões private label, como forma alternativa de receita. Tais cartões tornaram-se populares a partir dos anos 2000, com o afrouxamento da legislação sobre correspondentes bancários e logo varejistas obtiveram mais sucesso que os proprios bancos. Já no seu início, os cartões do varejo fizeram frente aos cartões de banco quando C&A obtinha maior número de emissões do que Bradesco e BB juntos. As margens geradas pelos braços financeiros superaram os braços varejistas das empresas varejistas. Mais recentemente as fintechs surgem com ameaça.
O problema de pesquisa busca analisar o segmento de cartões private label no período de 2008 a 2016, identificando quais fatores são impactantes no mercado dadas as interações entre os segmentos, mudanças de comportamento de consumidores, relação com fornecedores e concorrentes, forças e ameaças, como o comportamento do ambiente externo impacta a indústria e como o ambiente se comporta. Esse artigo tem como objetivo geral analisar o mercado de cartões de crédito private label no varejo de moda, utilizando como base os modelos teóricos Análise PEST e Modelo de Porter de 2008 a 2016.
A Análise PEST busca identificar fatores do macro ambiente que afetam a indústria, dividindo-os em quatro tipos: fatores políticos; fatores econômicos; fatores sociais; fatores tecnológicos. Os fatores incluídos em qualquer dos casos são sempre fatores externos que não podem ser influenciados por nenhuma organização.O Modelo das Cinco Forças de Porter divide a indústria em cinco forças. São elas ameaça e novos entrantes, ameaça de substitutos, poder dos fornecedores, poder dos compradores e rivalidade competitiva. A estrutura do mercado se aproxima da estrutura dos cartões de crédito bancário.
Os fatores utilizados na análise PEST foram: (a)Políticos: politicas fiscais, estabilidade governamental e acordos comerciais, regulações do ambiente, controle de segurança, restrições à fusões regulação de mercado; (b)Econômicos: taxa de juros, inflação, PIB; (c)Sociais: idioma, tendências demográficas, comportamento do consumidor, padrões educacionais, padrões de vida; (d)Tecnológicos: tendências tecnológicas, inovações e avanços tecnológicos, infraestrutura, legislação tecnológica. A partir de relações teóricas entre modelo de porter e mercado foram criados indicadores para cada força.
A análise sobre os subfatores da Análise PEST e o crescimento e decrescimento do mercado atem-se somente a concluir que os subfatores POL 3 – Definição do Sistema de Pagamentos Brasileiro, ECO 3 – Variação do PIB, SOC 1 – Renda Média, SOC 4 – Tamanho da PIA, SOC 5 – Nível de Escolaridade e TEC 3 – Penetração dos smartphones têm uma forte correlação com a receita total da indústria no período de 2008 a 2016. Os indicaroes criados mostram uma atratividade elevada no inicio da análise, com posterior queda e aumento da ameaça de substitutos (fintechs).
O trabalho buscou levantar fatores, forças e ameaças que podem indicar uma dinâmica de mercado, no que se refere aos movimentos da indústria e os efeitos do macro ambiente. Foi possível concluir que, diferentemente da grande maioria das empresas financeiras o mercado de cartões private label no varejo de moda tem um ambiente de competição não tão concentrado, longe de ser um monopólio. As inovações tecnológicas no setor de serviços financeiros tendem a afetar esse mercado na busca de oferecer melhores serviços que os bancos a uma população desbancarizada e carente de serviços adequados a ela.
JOHNSON, G.; SCHOLES, K.; WITTINGTON, R. Explorando a estratégia corporativa, 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 659 p. KOTLER, P. Marketing Management: Analysis, Planning, Implementation, and Control, 9. ed., Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1997. 789 p. 392 p. PORTER, M. Competitive Strategy: Techniques For Analysing Industries And Competitors. New York: Free Press, 1980. 396 p. SALTORATO, P. et al. Fusões, aquisições e difusão da lógica financeira sobre as operações do varejo brasileiro, Gestão & Produção, v.23, n.1, p. 84-103, São Carlos, 2016.