Resumo

Título do Artigo

COMPORTAMENTO ESTRATÉGICO EM MICRO PEQUENAS EMPRESAS: UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
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Palavras Chave

Comportamento Estratégico
Micro e Pequenas Empresas
Sobrevivência Organizacional

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - RAFAEL MARTINOS BACK
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - SANTA CRUZ
2 - Vanessa Souza de Ramos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - SANTA CRUZ

Reumo

O atual contexto econômico apresenta uma competição cada vez mais complexa, com diversos elementos como recursos, necessidades dos clientes e das empresas, na qual, uma das decisões mais importantes é a estratégia a ser escolhida. A estratégia pode ser representada por um conjunto de práticas que orientam o comportamento estratégico adotado e, em pequenas organizações este comportamento pode estar diretamente atrelado às características e pressupostos do estrategista. Destaca-se que, no período crítico inicial de dois anos, as MPEs apresentam taxas significativas de mortalidade.
O questionamento que permeia esta pesquisa é: Qual o impacto do comportamento estratégico adotado na sobrevivência das MPEs sediadas no município de Guarapuava? Para tanto, o objetivo é analisar o impacto do comportamento estratégico na sobrevivência das MPEs no Município de Guarapuava.
Como base teórica, se buscou a compreensão da formulação da estratégia, a partir da percepção da interação entre as organizações e o contexto no qual estão inseridas, como fator importante a ser observado nas organizações, além, das características dos diferentes tipos de comportamento estratégico e sua concepção. A partir da tipologia de Miles e Snow (1978) os comportamentos podem ser defensivo, prospector, analista e reativo. As categorias de análise gerada a partir da teoria são compostas pelas problemáticas empresarial, de engenharia e administrativa.
Com base no objetivo, adotou-se a abordagem quantitativa, a partir da estratégia de levantamento survey, com aplicação, coleta e análise de 158 questionários, composto por 115 empresas sobreviventes e 43 não sobreviventes. Os questionários foram adaptados a partir dos estudos de Gallas (2008) e de Ribeiro, Rossetto e Verdinelli (2011). Os principais métodos estatísticos utilizados foram alfa de cronbach, análise de cluster, ANOVA, qui-quadrado e regressão logística. A hipótese nula testada: o comportamento estratégico adotado pela micro e pequena empresas não influencia a sua sobrevivência.
Os resultados indicam que os comportamentos estratégicos defensivo e reativo estão presentes de forma mais significativa nas empresas não sobreviventes, ao passo que, nas empresas sobreviventes se observa uma quantidade maior de comportamento prospector e analista, ambos com maior tendência empreendedora do gestor, o que possibilita inferir que o comportamento estratégico adotado nas MPEs pode ter influência na sobrevivência organizacional. Com base no exposto, a hipótese nula da pesquisa, o comportamento estratégico adotado na MPE não influencia a sua sobrevivência, é falsa.
Nas empresas não sobreviventes, se observou uma quantidade considerável de empresas com comportamento estratégico reativo ou defensivo, e estes comportamentos apresentaram baixa representatividade nas empresas sobreviventes. Este estudo apresenta contribuições teóricas, para fomentar a discussão à respeito do comportamento estratégico em MPEs como um fator influenciador na sobrevivência organizacional. Como contribuição prática, o estudo possibilita a orientação de gestores ao desenvolvimento de habilidades que promovam a capacidade empreendedora, propiciando redução das taxas de mortalidade.
Ansoff (1977); Barney (1996); Bulgacov et al. (2007); Cantillion (1755); Conant, Mokwa e Varadarajan (1990); Field (2009); Filion (1999); Gallas (2008); Gelinas e Brigas (2004); Gimenez et al. (1999); Gimenez (2000); Hair Jr. et al. (2005); Hambrick (1983); Maroco (2003); Martins, Basso e Mascarenhas (2014); Mintzberg (1978); Miles e Snow (1978); Miles et al. (1978); O'Regan e Ghobadian (2006); Raifur (2013); Ribeiro, Rossetto e Verdinelli (2011); Sebrae (2013); Sebrae (2014); Whittington (2002); Zahra e Pearce (1990).