Resumo

Título do Artigo

Fatores de influência para o engajamento no trabalho
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Palavras Chave

Engajamento
Resiliência
Liderança

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Significado do Trabalho, Satisfação e Mecanismos de Recompensa

Autores

Nome
1 - Josiane Nunes Pinto
FACULDADE MONTEIRO LOBATO (FATO) - Porto Alegre
2 - Marcia Brenner Ayub
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Reumo

A produção espontânea de engajamento no trabalho, em uma equipe comercial de serviços, foi objeto desta investigação que através da utilização de escalas validadas para Engajamento e Resiliência e entrevistas semi estruturadas para análise dos motivos intrínsecos e extrínsecos engajadores, quantificou os engajados, descobrindo que resiliência, as ações da liderança, e o manejo dos fatores higiênicos pela empresa revertem-se em engajamento. A assertividade do engajado carece de esforços em T&D e deve haver sinergia sobre a filosofia empresarial para a produção de significação no trabalho.
Quais fatores fomentam o engajamento dos colaboradores do departamento comercial de uma empresa de serviços de Porto Alegre? Este é o problema de pesquisa deste artigo que tem como objetivo evidenciar os fatores que fomentam o engajamento no trabalho na equipe comercial de uma empresa de serviços da cidade de Porto Alegre. Os objetivos específicos são: identificar os colaboradores engajados do departamento comercial da empresa pesquisada e definir os fatores intrínsecos e extrínsecos que contribuem para seu engajamento.
Engajamento no trabalho é definido pela ligação emocional do indivíduo com o significado de sua produção, resultando em absorção, vitalidade e dedicação, identificação com os valores organizacionais, auferindo qualidade nas suas ações e de seus pares, estando associado a emoções saudáveis (SCHAUFELI; DIJKSTRA; VASQUEZ, 2013). As razões pelas quais um indivíduo imprime ao comportamento energia e direção, aqui investigados para o engajamento, envolvem as temáticas da motivação intrínseca que impulsiona o comportamento e os eventos extrínsecos que o incentivam e direcionam (REEVE, 2011).
O estudo de caso de objetivo exploratório com abordagem quanti-qualitativa envolveu uma população de 13 pessoas com aplicação de instrumentos distintos para as duas etapas da pesquisa. Primeira etapa: aplicação da Escala de Engajamento no Trabalho (SIQUEIRA, 2014) e da Escala de Resiliência (PESCE et al.,2005), exclusiva aos 11 indivíduos da equipe comercial a fim de quantificar o número de engajados e relacionar o comportamento à resiliência. Segunda etapa: realização de entrevistas com questões semi estruturadas com os engajados encontrados, seu gerente e o gerente de recursos humanos.
Foram encontrados 6 colaboradores engajados, todos resilientes. O engajado foi descrito pela doação ao trabalho, sem limitação de cargo, obstinado por soluções e por evidenciar seu comprometimento. Nos fatores intrínsecos para o engajamento estão as emoções positivas ligadas ao trabalho como gratidão, pertencimento, colaboração e autoconfiança. Nos fatores extrínsecos estão: a satisfação com os fatores higiênicos, a relação com o líder, o controle sobre metas, a sinergia e desafio no trabalho. Como carências foram apontados ausência de feedback, T&D e aplicação da filosofia empresarial.
O problema de pesquisa foi respondido e foram confirmadas as hipóteses de que todo engajado é resiliente, considerando a crença na auto eficacia para o envolvimento, e que a liderança contribui para a produção do engajamento no indivíduo, mesmo que por ações de controle. Ao observarmos que há resilientes não engajados pondera-se que há oportunidade para o engajamento. O engajado deve ser conduzido à assertividade pela apropriação da filosofia empresarial, pelo desenvolvimento de competências e pela aplicação de feedbacks e desafios, produto do manejo estratégico dos recursos humanos.
SHAUFELI, W; DIJKSTRA, P; VAZQUEZ, A. O engajamento no trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013. REEVE, J. Motivação e emoção. Disponível em: http://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2366-3/content/pageid/5?locs[]=1396-11&locs[]=1713-11&locs[]=1801-11&q=motivação PESCE, R. et al. Adaptação transcultural, confiabilidade e validade da escala de resiliência. Cad. Saúde Pública. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csp/v21n2/10.pdf SIQUEIRA, M. (Org.). Novas medidas do comportamento organizacional- Ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Artmed Ed., 2014.