Resumo

Título do Artigo

GESTÃO DE REDES DE INOVAÇÃO: uma escolha pela colaboração à luz da teoria dos jogos
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Palavras Chave

Redes de Cooperação
Governança
Teoria dos Jogos

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Brenno Buarque de Lima
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Curso de Administração
2 - Teresa Lenice Nogueira da Gama MOta
FACULDADE LUCIANO FEIJÃO (FLF) - Curso de Administração e Coordenação de Extensão
3 - Samuel Façanha Câmara
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - PPGA
4 - Alanna Lima e Silva
FACULDADE LUCIANO FEIJÃO (FLF) - Sobral

Reumo

Na literatura sobre redes de cooperação os conceitos de governança e gestão de redes têm sido bastante abordados (PROVAN; KENIS, 2008; BALESTRIN; VERSCHOORE; PERUCIA, 2014). A governança tratando sobre os interesses individuais e coletivos dos participantes da rede e a gestão sobre os mecanismos que possibilitam colocar em prática estes interesses. Existem poucos estudos que tratam dos aspectos relacionais que podem influenciar o modelo de gestão de redes ou o comportamento colaborativo.
Como é possível fazer com que a estrutura de governança de uma rede e sua gestão se atentem para estimular a cooperação em uma rede interorganizacional, visando a manutenção e o desenvolvimento da rede, a partir dos interesses próprios dos participantes? Este trabalho objetiva entender como a racionalidade dos agentes em redes de inovação, à luz do dilema dos prisioneiros, pode ser útil na formulação estratégica da gestão destes ambientes.
O ensaio explora os aspectos referentes à colaboração, a partir da governança e da gestão das redes de cooperação (BRAND; RIGONI; VERSCHOORE, 2014), considerando o comportamento colaborativo como a variável resultante da interseção entre os mecanismos individuais e coletivos propiciados pela governança. Para estabelecer como o comportamento colaborativo se amplia em uma rede organizacional voltada para inovação foi utilizada a teoria dos jogos (OZKAN-CANBOLAT; BERAHA, 2015) e o dilema dos prisioneiros para representar os diferentes cenários nos quais a cooperação em rede é intensificada.
O trabalho se inicia com uma revisão bibliográfica sobre governança e gestão de redes e aprofunda na temática da teoria dos jogos, do comportamento colaborativo e inovação. Para pesquisar a colaboração em redes organizacionais, utilizando o dilema dos prisioneiros, apresenta três cenários em que é possível visualizar diferentes contextos de tomada de decisões, entre o dilema de cooperar ou não, por parte dos gestores de uma rede de inovação.
Os resultados mostram que os interesses individuais convergem para interesses e objetivos coletivos distintos diante dos vários cenários que levam à inovação quando se estabelecem diferentes mecanismos de gestão: se promove a construção de projetos de P&D colaborativos entre os agentes da rede; se estabelece uma oferta transparente de infraestruturas de uso compartilhado entre membros da rede; se divulgam os ganhos de aprendizado e de resultados de P&D que sejam fruto da ação colaborativa/coletiva dos agentes da rede; entre outros.
Esse ensaio, ao contribuir com modelos de gestão e governança de redes, no contexto de redes de inovação, ao mostrar como a decisão racional dos agentes de participarem em redes de inovação, a partir do dilema dos prisioneiros, pode ser usado estrategicamente para a gestão destes ambientes, inova na literatura, ao evidenciar cenários em que gestores se beneficiam ao participar de uma rede de cooperação para inovação.
BALESTRIN, Alsones; VERSCHOORE, Jorge Renato; PERUCIA, Alexandre. A visão relacional da estratégia: evidências empíricas em redes de cooperação empresarial. BASE–Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, v. 11, n. 1, p. 47-58, 2014. OZKAN-CANBOLAT, Ela; BERAHA, Aydin. Evolutionary knowledge games in social networks. Journal of Business Research, v. 69, n. 5, p. 1807-1811, 2016. PROVAN, Keith G.; KENIS, Patrick. Modes of network governance: Structure, management, and effectiveness. Journal of public administration research and theory, v. 18, n. 2, p. 229-252, 2008.