Resumo

Título do Artigo

PARTICIPAÇÃO FEMININA EM REDES COLABORATIVAS PARA A PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA EM ECONOMIA: Abordagem de Rede Social Para os Pesquisadores Portugueses
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Palavras Chave

Colaboração Ciêntífica
Gênero
Análise em rede social

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Genero, Diversidade e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Marilei Kroetz
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Ibirama

Reumo

A publicação por meio de parcerias é cada vez mais comum entre os pesquisadores. As pesquisas passaram a ser partilhadas entre pares como meio para melhorar os resultados de uma pesquisa específica, como forma de compartilhar conhecimento, como mecanismo de compartilhamento de recursos físicos e monetários e também para aumentar a produtividade dos pesquisadores (Katz e Martin, 1997; Bozeman e Corley 2004; Abramo et al., 2013; Guan et al., 2016; Tijssen et al., 2012; Wagner e Leydesdorff, 2010).
A pesquisa colaborativa rompeu as fronteiras dos laboratórios ou das instituições de ensino. Passou a ser universal. As parcerias são estabelecidas além de uma instituição e são partilhadas com outros países, com outras regiões dentro do próprio país ou entre diferentes instituições dentro do país (Hoekman et al. 2010; Abramo et al., 2013). Também é crescente a participação feminina nas publicações que envolvem colaboração. O objetivo do trabalho é é averiguar a existência de colaboração científica nas publicações realizadas pelos pesquisadores portugueses nos anos de 2014, 2015 e 2016.
Diversos estudos bibliométricos apontam que a pesquisa colaborativa apresentou substancial crescimento nas duas últimas décadas. Esta conclusão está associada à verificação da expansão das redes nacionais e internacionais de pesquisas (Abramo et al., 2013; Guan et al., 2016; Tijssen et al., 2012; Wagner e Leydesdorff, 2010). As razões que levam os pesquisadores a ampliarem o número de participantes em seus projetos de pesquisa são variadas. Isto dependerá do objetivo da pesquisa, da área da pesquisa, do tipo de rede de colaboração científica que o autor do projeto, entre outras.
A pesquisa é uma análise bibliométrica das publicações realizadas pelos pesquisadores portugueses em periódicos nacionais e internacionais. Os dados utilizados para a pesquisa foram pesquisados na base de informações do Intitute for Scientific Information Web of Science (WoS). Para avaliar os dados foi utilizada a análise de redes que é feita por meio da Teoria das Redes. A análise de redes sociais tem sido utilizada para identificar a força e a fraqueza dentro e entre organizações de pesquisa, negócios e nações.
Os principais resultados encontrados foram que a maior rede de colaboração das mulheres é com autores masculinos. A subárea da Economia de maior publicação com colaboração feminina é Business. A surpresa ficou por conta da forte participação feminina na publicação de artigos na subárea de Transportes e Matemática.
os homens apresentam o maior número de publicações individuais, entretanto são bastante colaborativos, tanto com pares congêneres quanto com pares femininos. As mulheres ampliam significativamente as publicações com co-autoria quando colaboram com autores do gênero masculino. Na análise por atributo de ligação entre os artigos as subáreas científicas citadas pelos autores, Business foi a que se sobressaiu, pois apresenta as maiores ligações entre os autores de ambos os gêneros. Os coeficientes de rede verificados apontam a ligação mais intensa está na área de Business.
Abramo, Giovanni; D’Angelo, Ciriaco Andrea and Murgia, Gianluca (2013). The collaboration behaviors of scientists in Italy: a field level analysis. Journal of Infometrics 7 (2013) 442-454. Araújo, Tânia V.(2011). Introdução à Economia Computacional. Coleção Económicas, II Série, nº 15. Hoekman, Jarno, Frenken, Koen, & Tijssen, Robert J. W. (2010). Research collaboration at a distance: Changing spatial patterns of scientific collaboration within Europe. Research Policy, 39(5), 662–673. Meng, Yu (2016). Collaboration patterns and patenting: exploring gender distinctions. Research Policy 45, 56-6