Determinantes financeiros
Determinantes não financeiros
Desempenho sustentável
Área
Gestão Socioambiental
Tema
Sustentabilidade e Desempenho das Organizações
Autores
Nome
1 - Marcos Filho Lima Bastos UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) - PPGA - Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - Clandia Maffini Gomes UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG) - PPGA
3 - Ana Paula Perlin UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Pró-reitoria de extensão
Reumo
Diversos estudos têm se concentrado em identificar os principais determinantes de um bom desempenho sustentável em diferentes contextos econômicos, organizacionais e setoriais (Aksu; Akman, 2023; Nguyen, 2019; Shoaib et. al., 2022; Yadegaridehkordi et. al., 2023). O crescimento da preocupação com o desempenho sustentável e o espaço que este tem conquistado no mercado de capitais é produto da integração da pauta sustentável com o meio corporativo, fato evidenciado pela relação identificada entre o desempenho sustentável e o desempenho do mercado de capitais (Peyerl; Paes; Jost, 2022).
O crescimento da preocupação com o desempenho sustentável e o espaço que este tem conquistado no mercado de capitais é produto da integração da pauta sustentável com o meio corporativo, fato evidenciado pela relação identificada entre o desempenho sustentável e o desempenho do mercado de capitais (Peyerl; Paes; Jost, 2022). Face ao exposto, o presente estudo possui como objetivo identificar determinantes financeiros e não-financeiros do desempenho sustentável organizacional no contexto das empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores Brasileira (ISE).
As últimas duas décadas foram palco da ascensão crescente do interesse organizacional pelo desenvolvimento da sustentabilidade enquanto um dos meios de garantia do desempenho empresarial. Em contraste com este crescimento, a literatura acadêmica ainda carece de um corpus mais substancial de estudos que associem os temas “sustentabilidade” e “desempenho” de forma integrada (Ji et. al., 2021).
Os dados da pesquisa, que possui natureza descritiva e abordagem quantitativa, foram analisados por meio de uma análise multivariada de dados, sendo utilizado um modelo de regressão logística, que combinou fatores financeiros e não financeiros para estimar a probabilidade de um desempenho sustentável superior ou inferior no ISE, visando a compreender o impacto destas variáveis no desempenho sustentável organizacional.
Os resultados evidenciaram que o modelo de regressão foi estatisticamente significativo, havendo significância estatística dos indicadores financeiros ROA e MLL e dos níveis de poluição na predição do desempenho sustentável. Enquanto níveis mais elevados de ROA apresentaram associação negativa, valores superiores de MLL revelaram capacidade explicativa positiva no desempenho sustentável. Também foi possível observar que o potencial poluidor das atividades econômicas constituiu-se em um preditor com maior impacto para a pontuação no ISE.
Em conclusão, o estudo demonstrou-se capaz de atingir seu objetivo, com a identificação de determinantes significativos, financeiros e não-financeiros, do desempenho sustentável. A crescente importância da agenda sustentável nas estratégias corporativas reflete não apenas uma resposta às preocupações globais com a responsabilidade socioambiental, mas também uma compreensão cada vez maior dos benefícios financeiros e reputacionais associados à sustentabilidade.
Aksu, D. & Akman, E. (2023). How Eco-innovation Determinants and Eco-innovation Strategy Influences Sustainability Performance of SMEs? Mediating Role of Eco-innovation Strategy. Journal of the Knowledge Economy, 1-25. https://doi.org/10.1007/s13132-023-01360-3
Nguyen, T. L. (2019). STEAM-ME: A Novel Model for Successful Kaizen Implementation and Sustainable Performance of SMEs in Vietnam. Hindawi, 1-23. https://doi.org/10.1155/2019/6048195