Resumo

Título do Artigo

POSITIVISMO E INTERPRETATIVISMO: um diálogo entre abordagens epistemológicas
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho

Palavras Chave

Positivismo
Interpretativismo
Epistemologia

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Epistemologias e Ontologias em Estudos Organizacionais

Autores

Nome
1 - Camila Alves Damásio
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD
2 - Deborah Leão Sousa Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - CEPEAD

Reumo

Desde sua origem, as ciências sociais enfrentam preconceitos de uma visão dicotômica da realidade social, como objetivo/subjetivo e coletivo/individual, limitando a compreensão dos fenômenos sociais. Duas abordagens centrais são o positivismo e o interpretativismo. O positivismo, influenciado por Comte e Durkheim, aplica métodos das ciências naturais ao estudo social, buscando leis objetivas e universais. O interpretativismo, associado a Weber e Dilthey, vê a realidade social como construída por interações e significados individuais, exigindo a compreensão dos contextos culturais e históricos.
Problema de pesquisa: como as abordagens positivista e interpretativista contribuem para a compreensão dos fenômenos sociais e quais são suas limitações? O objetivo deste trabalho é analisar as contribuições e limitações das abordagens positivista e interpretativista na compreensão dos fenômenos sociais, destacando a importância de uma perspectiva pluralista na investigação das ciências sociais.
O positivismo adverte contra o dogmatismo filosófico, que afirma a existência de uma realidade inaparente e fora do controle humano. O conhecimento científico é relativo porque está ligado às relações entre os objetos e à capacidade de apreensão do sujeito. Marcel Gauchet introduz o conceito de paradigma como alternativa flexível à episteme, destacando sua fluidez. O “paradigma crítico” buscava verdades científicas ocultas. Nos anos 80, houve uma mudança para a historicidade sobre a estrutura, reabilitando a ação explicitada e refletida, problematizando a consciência humana.
Durante o processo de institucionalização das ciências, houve uma separação das disciplinas em relação à Filosofia, visando eliminar a influência pessoal e promovendo a objetividade. No entanto, é através do processo de humanização que as ciências retornam aos seus propósitos originais: compreender a natureza do social e contribuir para a construção de um mundo melhor com uma visão progressista. A discussão apresentada revela um panorama complexo e dinâmico das correntes filosóficas e científicas que permeiam a compreensão contemporânea das Ciências Humanas.
A reconciliação entre diferentes correntes filosóficas e científicas sugere uma busca por um diálogo interdisciplinar que enriqueça a compreensão das complexidades contemporâneas. A nova configuração das ciências humanas não se limita à dualidade entre positivismo e interpretativismo, mas busca integrar diversas perspectivas para enfrentar os desafios epistemológicos e éticos do século XXI.
ARANA, H. G. Positivismo: reabrindo o debate. Campinas, SP: Autores Associados, 2007. DOSSE, F. O império do sentido: a humanização das ciências humanas. Bauru, SP: EdUFSC, 2003 [1993]). LIMA PADILHA, L. M. D. ARANA, H. G. Positivismo: reabrindo o debate / Hermas Gonçalves Arana. - Campinas, SP: Autores Associados, 2007. – (Coleção educação contemporânea). Publicatio UEPG, v. 16, n. 2, p. 373-375, dez. 2008. MOREIRA, L. DOSSE, F. O Império do sentido: a humanização das Ciências Humanas. Bauru, SP: EDUSC, 2003. 450 p. Revista de História da UEG, v. 10, n. 02, p. e022118, 11 nov. 2021.