Resumo

Título do Artigo

VARIÁVEIS CRÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ACELERADORAS SOCIAIS: ESTUDO DE CASO UTILIZANDO MODELOS DE SIMULAÇÃO
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Palavras Chave

Aceleradoras sociais
variáveis críticas
viabilidade financeira

Área

Gestão da Inovação

Tema

Inovação: Abordagens Integradas para Projetos e Processos

Autores

Nome
1 - Marco Alberto Wang
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo - FEA - São Paulo
2 - Rodrigo Araújo Ferreira
Fundação Instituto de Administração - FIA - PInheiros
3 - Adriana Backx Noronha Viana
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração
4 - Luísa Margarida Cagica Carvalho
Instituto Politécnico de Setúbal - Escola Superior de Ciências Empresariais

Reumo

A introdução destaca a importância crescente das aceleradoras sociais no mercado de negócios sociais, como se desenvolve sistemicamente e gere títulos de investimento social. Apesar do crescimento significativo, a compreensão sobre seu funcionamento é limitada devido à escassa literatura disponível. O estudo visa compreender as variáveis críticas para a sustentabilidade das aceleradoras sociais, explorando como articulam o valor social e econômico para promover negócios sociais. A metodologia adotada é um estudo de caso único, utilizando um modelo de simulação para abordar eventos complexos.
O problema de pesquisa abordado no documento é a escassez de compreensão sobre o funcionamento das aceleradoras sociais, devido à falta de literatura disponível nesse campo. O objetivo do estudo é identificar e compreender as variáveis críticas para o desenvolvimento e sustentabilidade das aceleradoras sociais, investigando como essas organizações conseguem articular valor social e econômico para promover negócios sociais.
A fundamentação teórica do documento aborda a aceleração de negócios sociais, inspirada nos programas de aceleração convencionais voltados para o desenvolvimento dessas iniciativas. São mencionados autores como Fischer (2014), Comini et alii (2012), Dees (1998), Chu (2005), Barki et alii (2015), Young (2008), Galera e Borzaga (2009), Defourny e Nyssens (2010) para contextualizar o campo das aceleradoras sociais. Cohen e Hochberg (2014) definem aceleradoras como programas com duração definida que oferecem mentoria e conteúdo educacional para os negócios participantes.
A metodologia consiste no estudo de caso único, utilizando modelos de simulação baseados em dinâmica de sistemas para analisar eventos complexos relacionados às aceleradoras sociais. Esses modelos visam identificar as variáveis que maximizem o sucesso das organizações. Os passos seguem os princípios de Sterman (2012) para o desenvolvimento de modelos de simulação, incluindo a articulação do problema, formulação da hipótese dinâmica, formulação do modelo, teste, design de políticas e avaliação. A metodologia é iterativa, exigindo revisões contínuas para aprimorar o modelo ao longo da pesquisa.
Os resultados apontam que o impacto socioambiental das aceleradoras sociais decorre do desenvolvimento das empresas aceleradas, do progresso das empresas investidas e da eficiência na prestação de serviços públicos. Isso influencia as decisões de investimento das fundações privadas e determina os recursos destinados às aceleradoras. As equipes das unidade de negócio influenciam na sustentabilidade financeira, sendo os principais custos da organização. Destaque à importância dos custos com pessoal e da contribuição das fundações privadas para a viabilidade operacional das aceleradoras sociais.
A conclusão destaca os benefícios significativos que as aceleradoras sociais oferecem, como o impacto socioambiental positivo à sociedade e o aprendizado organizacional às empresas envolvidas. A limitação da generalização dos resultados deriva do fato deste estudo ter se baseado em um único caso. Porém os modelos de simulação identificaram as variáveis críticas no desenvolvimento das aceleradoras sociais, contribuindo para a respectiva literatura. Recomenda-se que estudos futuros monitorem essas variáveis em ambientes reais para ajustes nos modelos de simulação e nas conclusões obtidas.
COMINI, G. (2016). Negócios sociais e inovação social: um retrato de experiências brasileiras (tese de livre-docência). HOCHBERG, Y. (2016). Accelerating Entrepreneurs and Ecossystems: the seed accelerator model. Inovation Policy and The Economy, 16, 25-51. PANDEY, S.; LALL, S.; PANDEY, S.K.; AHLAWAT, S. (2017). The Appeal of Social Accelerators: What do Social Entrepreneurs Value? Journal of Social Entrepreneurship. DOI: 10.1080/19420676.2017.1299035. STERMAN, J. (2012). Business Dynamics: Systems Thinking and Modeling for a Complex World. Boston: Irwin McGraw-Hill.