Resumo

Título do Artigo

O Processo de Ação-reflexão-ação e sua Contribuição para a Autoformação Docente
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Palavras Chave

Processo ação-reflexão-ação
Autoformação
Formação docent

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - Cléria Donizete da Silva Lourenço
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
2 - Aline da Cunha Miranda
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós Graduação em Administração - PPGA UFLA
3 - Amanda Oliveira Sabino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras

Reumo

O debate sobre formação docente tem sido permeado por aspectos objetivos com ênfase sobre receitas de como fazer. Contudo, nas últimas décadas, aspectos subjetivos também passaram a ser considerados e com isso, a autoformação emergiu como um tema a ser compreendido. A autoformação é o processo em que o docente se responsabiliza pela sua formação atribuindo sentido às suas ações (Loss, 2019). Essaa construção de sentido pode ser alcançada por meio do processo de ação-reflexão-ação (A-R-A) e, com ele, as práticas pedagógicas podem ser planejadas, revisadas e repensadas.
A formação docente sofre críticas no sentido de que os programas de pós-graduação não têm atendido às demandas por formação docente uma vez que tradiconalmente tem priorizado a formação de pesquisadores. Contudo, a formação docente não acontece somente nos espaços formais, ela acontece também por meio de processos subjetivos que ocorrem no cotidiano dos docentes, ou seja, ela ocorre também por meio da autoformação. Diante disso, este ensaio acadêmico tem por objetivo compreender o processo de ação-reflexão-ação e sua contribuição para a autoformação docente.
O processo de Ação-Reflexão-Ação é um movimento dialético que permite ao educador desenvolver uma postura crítica em relação às suas práticas pedagógicas e buscar continuamente a transformação dessas práticas (Soares, 2020). Nos termos de Loss (2019, p. 7), “a autoformação é a construção de sentido aos nossos sentidos, é a busca do significado de quem somos e para onde queremos ir. Assim, autoformar-se é constituir sentido aos afazeres cotidianos, às aprendizagens, às experiências e aos conhecimentos”. Este processo tem o potencial de promover melhorias nos processos educativos.
Não basta que o docente execute um programa pronto, mas sim que ele planeje todos os detalhes da disciplina que leciona e, durante a execução das atividades pedagógicas, reflita sobre suas práticas. Para que essa reflexão seja condizente com o processo de ação-reflexão-ação, é preciso que haja alguma forma de organização e registro dessa reflexão. Quando o docente reflete sobre as suas práticas pedagógicas e, a partir dessas reflexões, se orienta e reelabora as suas novas ações, ele está em processo de autoformação.
Observa-se que o processo de A-R-A não acontece naturalmente, para que ele promova a autoformação, é preciso haver intencionalidade por parte do docente. Para que as mudanças necessárias ocorram no contexto da educação superior, é necessário que os atores envolvidos saiam do “piloto automático” e se desafiem a entrar em um processo de A-R-A que os conduza à autoformação. Este tem o potencial de promover melhoria nos processos de ensino-aprendizagem e torná-los mais efetivos no sentido de atingir os objetivos educacionais almejados.
LOSS, Adriana Salete. Formação de professores: processos autoformativos... Quem cuida do (a) professor (a)?. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, Erechim, v. 6, n. 1, p. 69-82, 17 dez. 2019. DOI: 10.36661/2358-0666.2019v6n1.11272. SOARES, Maria Perpétua do Socorro Beserra. Formação permanente de professores: um estudo inspirado em Paulo Freire com docentes dos anos iniciais do ensino fundamental. Revista Educação & Formação, v. 5, n. 1, p. 151-171, 2020.