1 - Lerranya Carvalho de Mello CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) - Liberdade
2 - Simone Alves da Costa Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - Universidade Federal de São Paulo - EPPEN/Unifesp - Ciências Contábeis
Reumo
Segundo o Relatório Mundial das Cidades 2022, a população mundial será 68% urbana até 2050 (ONU, 2022). A rápida transição para uma população altamente urbanizada cria muitos desafios para o planejamento, desenvolvimento e operação das cidades (Harrison & Donnelly, 2011), trazendo um desafio para a mobilidade devido à concentração populacional. É esperado que as cidades enfrentem desafios relacionados a serviços públicos, incluindo, mas não se limitando a, segurança, educação, mobilidade, saúde e lazer, bem como a necessidade de melhorar a infraestrutura existente. (Oliveira, 2022)
Em projetos de veículos conectados nas Smart Cities, questões técnicas e tecnológicas desempenham um papel fundamental. A governança colaborativa pode não ser harmônica para lidar com aspectos técnicos complexos, a menos que haja especialistas técnicos envolvidos. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática da literatura sobre Governança Colaborativa, Smart Cities e Veículos Conectados, a fim de estabelecer um entendimento teórico dos conceitos e das suas interrelações.
Foram analisados os trabalhos de Chakraborty e Sukapuram (2022), Stone e Waziri (2022), Munn (2020), Buckwald e Marchant (2021), Young, Fallon, Jacob e Dwyer (2019), Lozano Domínguez e Mateo Sanguino (2019), Rayi, Bothra, Wallace e Venkatesh (2019) e Chandler (2023). Eles mostram alguns dos desafios inerentes às questões envolvendo Smart Cities, Governança Colaborativa e Veículos Conectados
Os artigos mostram uma perspectiva holística sobre diferentes aspectos da implementação de tecnologias em cidades inteligentes. Todos mencionam aspectos de governança e colaboração, seja por meio de regulamentações flexíveis, PPPs ou estruturas de decisão para investimentos. Os autores reconhecem a necessidade de uma abordagem de governança que seja adaptativa e responsiva às rápidas mudanças tecnológicas e argumentam questões como padronização de comunicações, governança de dados e necessidade de estruturas de decisão ágeis para facilitar o desenvolvimento de cidades inteligentes.
A análise revelou que a governança colaborativa pode ser uma ferramenta eficaz para a implementação de projetos de veículos conectados, pois facilita a integração de múltiplos atores, incluindo governos, empresas e cidadãos, promovendo uma abordagem holística e inclusiva. Entre as principais contribuições da governança colaborativa destacam-se a promoção de decisões mais democráticas e transparentes, a facilitação de inovações tecnológicas e a criação de um ambiente mais propício para a adoção de novas tecnologias.
Buckwald, J. M., & Marchant, G. E. (2021). Improving Soft Law Governance of the Internet of Things. IEEE Technology and Society Magazine, 40(4), 101-114. doi: 10.1109/MTS.2021.3123731.
Chakraborty, S., & Sukapuram, R. (2022). Multi-Access Edge Computing for Urban Informatics. Proceedings of the 23rd International Conference on Distributed Computing and Networking.
Chandler, C. (2023). Contested Autonomy in "Smart" and "Inclusive" Innovation: Test-Driving Transportation Technology and Policy in Pittsburgh. Urban Geography, 44(8), 1608-1627. https://doi.org/10.1080/02723638.2022.2112846.
Lozano