1 - Luisa Janaina Lopes Barroso Pinto UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - 01
2 - Gabriele Ferreira da Silva PROGRAMA DE POS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA UECE - Administração
3 - RAQUEL FIGUEIREDO BARRETTO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Uece
4 - JOSE HENRIQUE BATISTA MONTEIRO UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Centro de Ciências da Comunidade e Gestão - Campus Fortaleza
Reumo
A ansiedade climática ou ecoansiedade (angústia relacionada com as crises climáticas e ecológicas) estão a ganhar atenção em todo o mundo, à medida que as pessoas se tornam cada vez mais conscientes das ameaças globais atuais e futuras associadas ao aquecimento do nosso planeta (Pihkala,2020).Embora dolorosa e angustiante, os estudos na ótica de acolhida e enfrentamento à ansiedade climática ainda são incipientes. Diante deste cenário tem-se os seguintes questionamentos: Seria a atenção ao fenômeno da ansiedade climática necessária para os programas psicossociais públicos?
Desta forma, estrutura-se a perspectiva das funções clássicas do estado, alocativa, distributiva e estabilizadora para os momentos de crises , compreende-se que a governança e mecanismos direcionados à saúde mental como área subfinanciada do sistema único de saúde necessita se distanciar da inação. .Nesse sentido o objetivo deste estudo foi apresentar reflexões em um modelo teórico-metodológico para a compreensão e enfrentamento da ecoansiedade no âmbito da gestão pública em saúde.
As mudanças climáticas constituem uma ameaça substancial ao bem-estar dos ecossistemas, das sociedades e dos indivíduos, com um número crescente de pesquisas destacando suas repercussões na saúde mental (OMS, 2021). Os desastres ambientais ocorridos localmente promovem desafios tanto para as organizações, quanto para as instituições públicas, pois estratégias de contenção e redução desses impactos são, cada vez mais, ansiadas e desejadas pela população, que sofre em situações de desastres, tanto em perdas materiais, como emocionais (Itani; Vilela Jr, 2007).
Ao considerar conceitualmente a ecoansiedade/ansiedade climática, como o medo crônico de enfrentar um cataclismo ambiental, na observação dos impactos das mudanças climáticas, reverberando em preocupação contínua com o futuro, tanto pessoal quanto das próximas gerações, avalia-se a gestão pública em saúde e seus programas psicossociais uma plataforma importante nessa assistência as tragédias ambientais, e ações preventivas em em educação ambiental , respeitando e cumprindo as lentes culturais locais.
A mudança climática tem implicações importantes para a saúde e o futuro de distintas populações , mas eles têm pouco poder para limitar seus danos, tornando-os vulneráveis à ansiedade climática. A mudança climática é um problema que requer soluções criativas para o aumento da conscientização pública, mudança de comportamento e ação governamental (Bhullar et al , 2022)
BHULLAR, Navjot et al. Climate anxiety does not need a diagnosis of a mental health disorder. The Lancet Planetary Health, v. 6, n. 5, p. e383, 2022.
ITANI, Alice; VILELA JUNIOR, Alcir; MEIO AMBIENTE & SAÚDE: DESAFIOS PARA A GESTÃO. – Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente - v.1, n.3, Artigo 2, abril 2007.
PIHKALA, Panu. Anxiety and the ecological crisis: An analysis of eco-anxiety and climate anxiety. Sustainability, v. 12, n. 19, p. 7836, 2020.