Modelos de precificação
Divergências
Mercado Brasileiro
Área
Finanças
Tema
Apreçamento de Ativos
Autores
Nome
1 - Irã Inácio Ribeiro INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO (IFMA) - Santa Inês
2 - FRANCISCO JUANITO COSTA DA SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
3 - Mayara Carla Marques UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Natal
4 - Rodrigo Arrais Alvarenga INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO (IFMA) - Campus Santa Inês
Reumo
O tema precificação está entre as pesquisas sobre finanças. Passados mais de cinquenta anos de um dos modelos fundamentais, o Capital Asset Pricing Model (CAPM), o debate permanece, em virtude da inserção de novos fatores. Todavia, os estudos sobre o tema carecem de maior rigor científico, pois os pressupostos iniciais não são observados na sua totalidade. Verifica-se o uso dos porfólios /carterias na terminologia como sendo sinônimos, além da formação de procedimentos estatísticos que são atribuídos aos autores seminais quando na verdade não retratam adequadamente o estudo seminal.
Partindo da problemática referente a divergências sobre conceitos e metodologias que cercam as pesquisas em finanças, em especial a relação risco / retorno no Brasil, este trabalho teve como objetivo realizar uma análise da produção acadêmica brasileira no que se refere aos aspectos conceituais e teóricos presentes nos estudos empíricos sobre precificação de ativos. Ainda, decorrente desse objetivo, pretende-se citar oportunidades para pesquisas adicionais nos termos propostos por Fama e French (1993, 2015) e Carhart (1997) visando a maior robustez em trabalhos futuros.
Os estudos sobre risco e retorno remontam às pesquisas de Markowitz (1952), que associou o retorno de um portfólio à média do risco de cada ativo ponderado pela sua participação nesse portfólio. A Teoria do Portfólio permitiu o desenvolvimento de modelos de precificação como o CAPM, Três Fatores, Quatro Fatores e Cinco Fatores que ainda hoje não conseguem apresentar resultados robustos nos mercados em que são testados. Em função disso, as pesquisas avançam, todavia, marcadas por incoerências que podem fomentar as divergências carecendo uma análise dessa questão.
Os estudos apresentam resultados divergentes por meio de múltiplas metodologias em que autores apresentam como sinônimos as palavras como portfólio / carteira / fator e variável, quando não são. Os estudos seminais deixam claro os procedimentos para a análise, apontando que a há liberdade para a formação das carteiras. Somado a isso, procedimentos metodológicos são associados aos trabalhos seminais quando não possuem relação alguma como, por exemplo, afirmar que usar dados em painel reflete os estudos de Fama e French (1993, 2015).
Apresentar uma análise dos termos empregados nos artigos seminais com o objetivo de facilitar o trabalho de outros pesquisadores, trazendo à luz as proposições dos autores seminais, afim de evitar a propagação de erros, uma que formações com conceitos notadamente divergentes do original podem aumentar a ocorrência de vieses dificultando, desse modo, a análise dos reais retornos dos ativos no mercado brasileiro, associando fatores como anomalias quando na verdade esses mesmos fatores estão mal formulados na sua concepção metodológica.
Carhart, M. M. (1997). On persisitence in mutual fund performance. The Journal of Finance, 52(1), 57–82.
Fama, E., & French, K. (1993). Common risk factors in the returns on stocks and bonds. Journal of Financial Economics, 33(1), 3–56.
Fama, E., & French, K. (2015). A five-factor asset pricing model. Journal of Financial Economics, 116(1), 1–22.
Markowitz, H. (1952). Portfolio selection. The Journal of Finance, 7(1), 77–91.
Sharpe, W. F. (1964). Capital asset prices: A theory of market equilibrium under conditions of risk. The Journal of Finance, 19(3), J. Finance.