Resumo

Título do Artigo

A MOBILIZAÇÃO DAS CAPACIDADES DINÂMICAS PARA AGILIDADE ORGANIZACIONAL
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Palavras Chave

Capacidades dinâmicas
Agilidade organizacional
Indústria bélica

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - Karine Erthal
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Campus 2
2 - Cristiane Froehlich
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Programa de Pós_Graduação Mestrado em Administração
3 - Moema Pereira Nunes
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Programa de Pós-Graduação em Administração
4 - Cristine Hermann Nodari
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Mestrado Acadêmico em Administração

Reumo

A agilidade tem sido elemento-chave para o sucesso, adaptação e sobrevivência em negócios globais (TEECE; PETERAF; LEIH, 2016; LI, 2022; RENZL et al., 2021) e pode ser definida como uma resposta efetiva para a sobrevivência mediante incertezas do ambiente, quando provocada por fortes CDs (TEECE; PETERAF; LEIH, 2016).
Como a mobilização das capacidades dinâmicas e de seus microfundamentos contribui para a agilidade organizacional para lidar com as incertezas do ambiente e sobreviver ao ambiente de crise? O objetivo consiste em analisar a mobilização das capacidades dinâmicas por meio de seus microfundamentos para agilidade organizacional em um ambiente de crise em uma indústria de armas situada no Vale do Rio dos Sinos (RS).
Teece, Peteraf e Leih (2016) definem agilidade como uma capacidade efetiva e eficiente de redirecionar recursos para criar e capturar valor, quando circunstâncias internas e externas o justifiquem. A agilidade com eficiência, também chamada de ambidestria, é poucas vezes citada no campo da economia (TEECE, 2017), já que existe uma relação de trade-off entre eficiência e eficácia/agilidade (TEECE; PETERAF; LEIH, 2016).
Foi realizado um estudo de caso único qualitativo. A coleta de dados foi realizada com entrevistas em profundidade com nove gestores da empresa e três especialistas externos do mercado, documentos e observação, e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo.
Cada capacidade dinâmica depende uma da outra, devendo ser um processo contínuo ou semicontínuo, aperfeiçoado em cada evento, gerando novas aprendizagens conforme a empresa se desenvolve. A crise na indústria de armas no Brasil afetou diretamente fabricantes, distribuidores, lojistas, clubes de tiro, clientes e todos envolvidos no segmento, trazendo incertezas jurídicas e a necessidade constante de mudança para sobrevivência.
O esquema teórico-analítico proposto sugere que, a partir da utilização das CDs e seus microfundamentos de sensing, seizing e reconfiguring, quanto mais exerce as CDs, mais ágil a empresa será, enquanto o ambiente externo exerce influência direta neste movimento. O ambiente externo é representado por órgãos regulamentadores, ativos coespecializados (exceto colaboradores) e as incertezas do ambiente, ocasionadas por eventos adversos, neste caso, a crise.
Este estudo contribui para a teoria das CDs com a ênfase na habilidade de responder com agilidade necessária para lidar em ambientes incertos devido a crises, buscando a compreensão dos microfundamentos. Além disso, é o primeiro estudo em compreender as ações para lidar com a crise na indústria bélica, no campo da estratégia e gestão empresarial.