Resumo

Título do Artigo

EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA EM AMBIENTES UNIVERSITÁRIOS: ANÁLISE DE UM PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
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Palavras Chave

Educação Empreendedora
Parque Científico e Tecnológico
Universidade Pública

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Rafael dos Passos Medeiros Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG) - NUPECOF
2 - Juliane Borges Ramos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG) - ICEAC
3 - Liziane Roll Madruga
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG) - ICEAC
4 - Cristiane Gularte Quintana
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG) - ICEAC

Reumo

No Brasil, o empreendedorismo é reconhecido como impulsionador do progresso econômico e social, promovendo a geração de empregos e renda (Corsino & Marini, 2019). Neste cenário, a Educação Empreendedora (EE) emerge como um elemento que pode influenciar as escolhas profissionais dos graduandos, capacitá-los para a criação de startups entre outras ações (Nabi et al., 2015). Assim, os Parques Científicos e Tecnológicos desempenham um papel vital ao oferecer suporte logístico, gerencial ou/e tecnológico, promovendo a interação entre universidades, governo e empresas (Schaefer & Minello, 2016).
Para a edificação de uma universidade empreendedora é necessária uma mudança dentro da instituição, introduzindo a EE dentro e fora das salas de aula, auxiliando os professores à criação de métodos que instiguem o empreendedorismo e a conexão entre a instituição e as empresas (Bruschi et al, 2023), como por exemplo a criação de um PCT que facilite este intermédio (Pique & Audy, 2016; Schaefer & Minello, 2016). A pesquisa tem como objetivo analisar como o Parque Científico e Tecnológico promove a Educação Empreendedora em uma Instituição Ensino Superior (IES) federal, na região sul do Brasil.
No Brasil, a EE não apenas beneficia o sistema socioeconômico ao capacitar uma maior proporção da população, mas também prepara jovens inovadores para demandas acadêmicas e empresariais contemporâneas (Schaefer & Minello, 2016; Guimarães & Santos, 2020). A integração dos Parques Científicos e Tecnológicos (PCT) dentro das instituições de ensino superior facilita a interação entre universidade, governo e empresas, fomentando um ambiente propício ao desenvolvimento empreendedor além da sala de aula, promovendo a criação de startups e a inovação empresarial (Piqué & Audy, 2016).
A pesquisa é considerada descritiva quanto aos objetivos. Quanto aos procedimentos é uma pesquisa de campo. Relativo à abordagem configura-se como qualitativa. O estudo está registrado na Plataforma Brasil, com o parecer nº 6.857.184. O instrumento de pesquisa (adaptado de Chais (2019) e Alves (2021)) foi um roteiro semiestruturado, sendo realizado entrevistas com o diretor e os coordenadores de estruturas ligadas ao PCT. As entrevistas foram realizadas pela plataforma Google Meet com duração de 50 minutos. Os dados coletados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo.
Identificou-se que atividades como workshops, hackathons, cursos, palestras, oficinas, mentorias, trilhas empreendedoras e programas de pré-incubação estimulam a criação de novos negócios e a aplicação prática dos conhecimentos, proporcionando uma abordagem mais prática da educação empreendedora. No entanto, foram apontadas restrições de recursos financeiros e de pessoal como desafios que podem comprometer essas iniciativas, sublinhando a importância da colaboração entre universidade, governo e empresas, a tríplice hélice, para superar essas limitações e maximizar o impacto das iniciativas.
Concluiu-se que o PCT da instituição promove a EE, proporcionando um ambiente propício ao desenvolvimento das habilidades empreendedoras, criando um espaço favorável ao desenvolvimento de startups. A comunicação entre o PCT e os seus stakeholders ainda precisa avançar, pois falta uma interação mais intensa com empresas e universidades em potencial. Os estudantes podem interagir com empreendedores, participar de projetos reais e desenvolver habilidades essenciais para o mercado de trabalho, como inovação, criatividade e resolução de problemas complexos.
Araujo & Davel (2019); Piqué & Audy (2016); Brem & Radziwon (2017); Bruschi; Kampff & Casartelli (2023); Collarino & Torkomian (2015); Corsino & Mariani (2019); Franz; Leite, & Rodrigues (2020); Feil & De Conto (2018); Guerrero; Urbano & Gajón (2020); Andrade & Sato (2019); Kuratko (2005); Lopes et al. (2021, 2014); Maioli & Silva (2023); Martins et al. (2020, 2022); Raagmaa & Keerberg (2016); Ruiz & Martens (2019); Santos (2022); Schaefer & Minello (2016, 2020); Segatto-Mendes & Mendes (2006); Soberón et al. (2020); Silva et al. (2021); Uliani (2018); Zúñiga (2022).