Resumo

A introdução do artigo aborda a importância do estudo do ageismo no ambiente organizacional, destacando a relevância de compreender as atitudes discriminatórias relacionadas à idade no local de trabalho e suas implicações para os trabalhadores. Minichiello et al. (2000) concebem o ageismo como uma forma de discriminação contra qualquer grupo. Entretanto, conforme Também Wu (2019) salienta que o ageismo está relacionado a todas as idades, sobretudo às extremidades etárias: os mais jovens e os mais velhos.

O problema de pesquisa abordado no documento é qual evolução das pesquisas sobre ageismo no contexto organizacional nos últimos 23 anos? O objetivo é realizar uma análise bibliométrica internacional e nacional das pesquisas sobre ageismo nas organizações, visando compreender o desenvolvimento desse tema ao longo do tempo e identificar lacunas de pesquisa a serem exploradas.

A pesquisa destaca a relevância de considerar o ageismo como uma realidade presente e não distante, incentivando estudos que abordem essa temática de forma aprofundada. A evolução das pesquisas sobre ageismo no ambiente organizacional ao longo dos anos é um tema emergente, tanto em âmbito internacional quanto nacional. Apesar de não ser novidade, ainda é escasso o reconhecimento e atitudes voltadas a mitigação do ageismo no ambiente organizacional (Hanashiro & Pereira, 2020).

Foi observado um crescimento anual de 13,11% nas bases de dados internacionais, indicando um interesse crescente nessa temática. No entanto, a produção nacional ainda é considerada incipiente, sugerindo a necessidade de mais pesquisas nesse contexto. Além disso, a análise das palavras-chave utilizadas pelos autores revelou temas motores, de nicho, emergentes e básicos, proporcionando uma compreensão mais aprofundada da evolução do campo de estudo do ageismo no ambiente organizacional.

A pesquisa bibliométrica realizada sobre o ageismo no ambiente organizacional proporcionou insights valiosos sobre a evolução das pesquisas nesse campo, evidenciando um aumento significativo na produção científica tanto em âmbito nacional quanto internacional. Os resultados apontam para um crescimento anual expressivo nas bases de dados internacionais, indicando um interesse crescente nessa temática. Apesar do progresso observado, ainda existem lacunas de pesquisa a serem exploradas, especialmente no contexto brasileiro, sugerindo a importância de continuar investigando o ageismo.

Wu, N. (2019). Silenced inequalities: Too young or too old? In S. Nachmias & V. Caven (Eds.), Inequality and organizational practice (pp. 79-101). Minichiello, V., Browne, J., & Kendig, H. (2000). Perceptions and consequences of ageism: Views of older people. Aging and Society, 20, 253-278. Hanashiro, D. M. M., & Pereira, M. F. M. W. M. (2020). O Etarismo no Local de Trabalho: Evidências de Práticas de 'Saneamento' de Trabalhadores mais Velhos. Revista Gestão Organizacional, 13(2), 188-206.