Resumo

Estudos sobre dignidade organizacional abrangem a dignidade dos trabalhadores, do trabalho e da organização. A dignidade no contexto organizacional, vem sendo analisada sob três perspectivas: Aguado et al. (2015), Pirson (2023) e Teixeira et al. (2014). Este trabalho foca na validação da Escala de Dignidade Humana de Pirson, não testada anteriormente fora dos EUA, buscando avaliar sua adequação ao contexto brasileiro.

Este trabalho foca na validação da Escala de Dignidade Humana de Pirson, não testada anteriormente fora dos EUA, buscando avaliar sua adequação ao contexto brasileiro.

A teoria da dignidade de Aguado et al. (2017) baseia-se na Teoria dos Contratos Sociais e necessidades básicas, enquanto Pirson e Kostera (2017) focam na gestão humanística da dignidade. Teixeira (2021) propõe uma visão cultural da dignidade organizacional. A escala de Pirson (2023) avalia dignidade pessoal, gerencial e organizacional. Teixeira (2014) desenvolveu uma escala aplicada no Brasil em diferentes contextos organizacionais.

A tradução e validação da escala seguiram rigorosos procedimentos de tradução e retrotradução. A coleta de dados incluiu 117 respostas de empregados do setor privado em São Paulo. A análise utilizou AFC via PLS-PM com SmartPLS, focando em validade convergente e discriminante, além de confiabilidade composta e Alfa de Cronbach. O pré-teste foi realizado com 61 respostas válidas, superando a amostra mínima requerida.

A análise fatorial confirmou a validade discriminante e convergente da escala, com variância média extraída acima de 0,50 e confiabilidade composta e Alfa de Cronbach acima de 0,90. Os resultados sugerem que a escala é adequada para medir dignidade organizacional no Brasil, respeitando aspectos culturais e contextuais. A metodologia PLS-PM mostrou-se eficaz na avaliação das relações entre os construtos.

A validação da escala no Brasil confirma sua robustez e aplicabilidade em diferentes culturas, permitindo comparações internacionais e contribuindo para o desenvolvimento de estratégias organizacionais que promovam a dignidade dos trabalhadores. A continuidade de estudos sobre dignidade organizacional é essencial para criar ambientes de trabalho mais justos e dignos, beneficiando indivíduos e organizações.

AGUADO, R.; RETOLAZA, J. L.; ALCAÑIZ, L. Dignity at the Level of the Firm: Beyond the Stakeholder Approach. In KOSTERA, M.; PIRSON, M. (Eds). Dignity and the Organization. London: Palgrave Macmillan. 2017. cap. 5, p. 81-97. AGUADO, R.; ALCAÑIZ, L.; RETOLAZA, J. L. A new role for the firm incorporating sustainability and human dignity. Conceptualization and measurement. Human Systems Management. v. 34, p. 43-56. 2015. CHA, E.-S.; KIM, K.H.; ERLEN, J.A. Translation of scales in cross-cultural research: issues and techniques. Journal of Advanced Nursing. V. 58, p. 386–395. 2007. https://doi.org/1