1 - JONAS DA COSTA CRUZ Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - SÃO PAULO
2 - MARCELO LUIZ DIAS DA SILVA GABRIEL Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA)
Reumo
No Brasil, a matriz energética, entendida como conjunto de fontes disponíveis para suprir toda a demanda energética se baseia em fontes renováveis em quase 84% de toda a sua geração considerada uma referência internacional (Ministério de Minas e Energia, 2023). Apesar dessa referência, ainda cabe ampliar o número de residências com energia solar, tendo em vista necessidade de redução das fontes poluentes (Costa et al., 2022). Nesse sentido, é significativo entender o comportamento do consumidor brasileiro, em relação à intenção de adotar a tecnologia solar fotovoltaica residencial.
É significativo entender o comportamento do consumidor brasileiro, em relação à intenção de adotar a tecnologia solar fotovoltaica residencial. Assim, identificar os fatores preditivos que levam o consumidor ao entusiasmo em ações pró meio ambiente e, consequentemente, se influencia na aquisição de energia solar. Objetivo geral da pesquisa foi analisar o efeito mediador do entusiasmo ambiental na relação entre a contabilidade mental, foco regulatório, consciência ambiental e nível de interpretação na aquisição de energia solar residencial.
Contabilidade Mental, Consciência Ambiental, Teoria do Foco Regulatório, Teoria do nível de Intepretação, Nível de Entusiasmo.
A contabilidade mental pode ser conceituada como uma categorização do dinheiro e suas utilizações (Thaler, 1999). Os indivíduos tendem a agrupar em categorias (por exemplo, alimentação, moradia e lazer) e restringem as despesas a um orçamento predefinido (Thaler, 1999, Muehlbacher & Kirchler, 2019).
A consciência ambiental pode ser conceituada como um antecedente de atitudes, crenças e normas que levam à intenção de envolver-se em vários comportamentos sustentáveis.
Os constructos explorados no questionário foram contabilidade mental, foco regulatório, consciência ambiental, nível de interpretação, nível de entusiasmo e aquisição de energia solar. O processo de coleta dos dados foi realizado com um enfoque do tipo transversal, ou seja, com dados coletados em um momento do tempo, utilizando-se questionários. O questionário elaborado foi disponibilizado em uma plataforma eletrônica de coleta de dados, obtendo-se 600 respostas, das quais 44 foram excluídas em função da completude de respostas obtendo-se assim a 556 questionários válidos.
Primeiramente, no modelo de mensuração determinou-se as cargas fatoriais de todos os itens do modelo. Em seguida, calculou-se a confiabilidade dos constructos com utilização da confiabilidade composta (do inglês composite reliability). A avaliação do modelo estrutural compreende: (1) o tamanho e significância dos coeficientes de caminho hipotetizados e (2) o coeficiente de determinação R2, que pode ser considerado como uma mensuração do poder explanatório do modelo (Hair et al., 2019). A implicação da descoberta da mediação é que a intenção dos consumidores de se envolver na compra.
A pesquisa foi aplicada por meio de um questionário, com consumidores e compreendeu um total de 556 respostas. Os resultados apontam que entre a contabilidade mental, foco regulatório, consciência ambiental, nível de interpretação são preditores significativos do entusiasmo ambiental. Na sequência, verificou-se o efeito das mediador do entusiasmo ambiental. Os achados indicam que essa variável medeia as relações entre contabilidade mental, foco regulatório, consciência ambiental, nível de interpretação e aquisição de energia solar.
HAIR, J.F., RISHER, J.J., SARSTEDT, M. & RINGLE, C.M. When to use and how to report the results of PLS-SEM. European Business Review, Vol. 31 n. 1, 2-24, 2019.
MUEHLBACHER, S., KIRCHLER, E. Individual differences in mental accounting. Frontiers in psychology, v. 10, p. 2866, 2019.
O'CONNOR, James; KEIL, Mark. The effects of construal level and small wins framing on an individual's commitment to an environmental initiative. Journal of environmental psychology, v. 52, p. 1-10, 2017.
THALER, R. H. The end of behavioral finance. Financial Analysts Journal, v. 55, n. 6, p. 12-17, 1999.