Resumo

Título do Artigo

FELICIDADE NO TRABALHO: ESTUDO EM HOSPITAL DE CARIDADE
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Palavras Chave

Felicidade no Trabalho
Bem-Estar
Gestão de Pessoas

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho

Autores

Nome
1 - Leo Raifur
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Departamento de Administração
2 - Silvio Roberto Stefani
Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO - Guarapuava
3 - Evelyn Nathalye Goncalves Anacleto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Campus Santa Cruz
4 - Carolina de Abreu Barbosa
UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro - Oeste - Santa Cruz

Reumo

A Felicidade no Trabalho (Hapiness at Work – HAW) constitui objeto de estudos, tanto no campo prático das organizações quanto em termos de pesquisa acadêmica. A felicidade, na percepção do senso comum, pode ser subentendida pela forma como as pessoas vivenciam a avaliam suas vidas, em sentido amplo. No entanto, dado que a maior parte da vida das pessoas se passa no ambiente de trabalho, é relevante também compreender como a percepção da felicidade se dá nesse ambiente. Para alguns Autores, Felicidade no Trabalho é sinônimo de bem-estar, motivação, ou bem-estar subjetivo.
Este estudo, a partir das dimensões propostas por Fisher (2010), teve por objetivo construir e analisar os índices de Felicidade no Trabalho em Hospital de Caridade. Dado que o momento em que os dados foram coletados consistia basicamente um instante fuzzy entre a pandemia do Coronavirus (COVID-19) e o período pós-pandemia, ressaltando-se indubitavelmente que os serviços de saúde e seus profissionais foram demandados no seu limite, este estudo oferece relevantes contribuições empíricas no sentido de compreender e analisar a felicidade destes profissionais sob as dimensões da HAW.
Fisher (2010) descreve que o sentimento de bem-estar promove consequências positivas, tanto para o trabalhador quanto para a organização. De acordo com a Autora, a felicidade no trabalho vai além da satisfação do empregado com sua função. Assinala que a felicidade dos trabalhadores se manifesta sob três dimensões: (i) a satisfação no emprego; (ii) o engajamento; e (iii) o comprometimento organizacional afetivo. A partir deste escopo Fisher (2010) salienta que as organizações que promovem ambientes felizes conquistam resultados e desempenho elevados. As dimensões de HAW incluem 31 indicadores.
Este estudo é de natureza aplicada e objetivo descritivo, com abordagem quantitativa. Quanto ao procedimento, trata-se de uma pesquisa que se classifica como estudo de caso, ex post facto e levantamento de campo. A amostra foi constituída de 100 respondentes, cujos dados foram coletados por meio de questionário estruturado impresso, organizados em 4 seções: Perfil socioeconômico; engajamento; satisfação e comprometimento organizacional. Os dados foram descritos e analisados por meio da estatística descritiva, correlação e teste de média.
Existe correlação significativa e positiva entre a idade e as três dimensões de HAW. O tempo de vínculo institucional se mostrou significativo (positivo) apenas para a dimensão “Comprometimento Organizacional Afetivo”. Renda, Escolaridade e ocupação funcional não apresentaram relação significativa com as dimensões de HAW. As dimensões de HAW apresentaram significativa, positiva e elevada correlação entre si, demonstrando que a Felicidade no Trabalho efetivamente está apoiada nessa tríade de construtos, ou seja, engajamento, satisfação no trabalho e comprometimento organizacional efetivo.
Dentre as evidências identificadas, destaca-se fundamentalmente que, ainda que a amostra tenha sido coletada em momento ainda em transição do período da pandemia para a pós-pandemia, identificaram-se índices elevados (engajamento: 75 pontos; satisfação no trabalho: 67 pontos; comprometimento organizacional afetivo: 65 pontos). Cabe aqui dar vazão à uma tese do senso comum que se trata de um contingente profissional que inclui uma pitada vocacional. A relação entre tempo de vínculo e comprometimento sugere que a retenção de talentos promove essa dimensão.
AMORIM, M.; CAMPOS, A. A Felicidade no Trabalho: Estudo sobre a sua revelação e articulação com a produtividade. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção - ENEGEP 2002. Brasil. Out./2002. FISHER, C. D. Happiness at work. International Journal of Management Reviews, v. 12, n. 4, p. 384-412, 2010. LOCKE, E. A. The nature and causes of job satisfaction. In: DUNNETTE M. D. (ed.). Handbook of industrial and organizational psychology. Chicago: Rand McNally, 1976. WARR, P. B. Work, happiness and unhappiness. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2007.