Resumo

Título do Artigo

Programas de fomento à pesquisa impulsionam a formação empreendedora?
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Palavras Chave

Educação Empreendedora
Agências de Pesquisa
PIPE-FAPESP

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Experiências no ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Thais Julia de Jesus
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR) - Centro de Ciências da Natureza
2 - Paulo Henrique Bertucci Ramos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR) - Centro de Ciências em Gestão e Tecnologia

Reumo

De acordo com Politis (2005), a educação empreendedora é rotineiramente caracterizada como um processo contínuo que auxilia o desenvolvimento do conhecimento necessário para a criação efetiva e gestão de novas empresas. O ensino do empreendedorismo sempre esteve mais atrelado ao ensino em universidades, com um posicionamento baseado em salas de aula (Rui-Baptista, Januário & Trigo, 2014; Senali, Iranmanesh, Ghobakloo, Gergatharen, Tseng & Nilsashi, 2022). No entanto, atualmente está aumentando a experiência da formação empreendedora através de outros orquestradores, como as agências de fomento
Diante dessa modificação no ensino, o seguinte questionamento se faz necessário: "As agências de fomento à pesquisa participam do ecossistema empreendedor, sendo um orquestrador da educação empreendedora?”Com essa questão de pesquisa em mente, o objetivo central deste trabalho foi analisar os impactos do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE-FAPESP) no contexto da capacitação de empresários, visando a promoção e disseminação da educação empreendedora.
O empreendedorismo pode ser compreendido através das perspectivas da mentalidade empreendedora. A educação empreendedora, embora com várias nuances, pode ser entendida como um conjunto de atividades que aumenta as habilidades empreendedoras de um indivíduo (Bae, Qian, Miao, & Fiet, 2014). Segundo Yosaf, Ali, Ahmed, Usman e Sammer (2021), ao desenvolver estas habilidades, o empreendedor melhora a sua capacidade de identificação de oportunidades e crescimento da autoconfiança, principalmente daquele que apresenta pouca experiência na área comercial.
Diante de todas as análises realizadas, foi possível constatar que o Programa PIPE, embora não seja reconhecido pelos respondentes como um agente principal da educação empreendedora, é um grande orquestrador do ecossistema empreendedor, principalmente no que se refere a ser uma fonte alternativa de financiamento para os empreendedores. Tal pensamento síntese foi corroborado por 314 respondentes. Em relação às hipóteses levantadas neste trabalho, todas foram refutadas. Não houve concordância quanto à migração do ensino do empreendedorismo das universidades para outros orquestradores.
Não houve concordância em relação ao oferecimento de um ensino de empreendedorismo por parte da agência de fomento à pesquisa, que proporcionasse aos empreendedores uma maneira mais prática e aplicada para o desenvolvimento das startups. Parte dos respondentes, aqueles que já apresentavam experiência na implementação e desenvolvimento de startups, consideraram que o ensino desses temas pelas agências de fomento à pesquisa muitas vezes era repetitivo e deslocado da realidade.
Politis, D. (2005). The Process of Entrepreneurial Learning: A Conceptual Framework. Entrepreneurship Theory and Practice, 29(4), 399–424. Rui-Baptista, A. N., Januário, C. & Trigo, V. (2014). A Systematization of the Literature on Entrepreneurship Education. Industry and Higher Education, 28(2), 79–96. Bae, T. J., Qian, S., Miao, C. & Fiet, J. O. (2014). The relationship between entrepreneurship education and entrepreneurial intentions: a meta-analytic review. Entrepreneurship Theory and Practice, 38(2) pp.217-254.