Resumo

Título do Artigo

“NUNCA SEREI UM GESTOR PORQUE SOU CEGO”: CULTURA ANTIÉTICA E EXCLUSÃO DE PCDS NAS ORGANIZAÇÕES
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Palavras Chave

Pessoas com Deficiência
Exclusão de PCDs
Mercado de Trabalho

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Diversidade, Diferença e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Leonardo da Paz Almeida
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - Ecoville
2 - Marcello Romani-Dias
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - Ecoville - Curitiba (PR)
3 - Aline dos Santos Barbosa
Instituto de Desenvolvimento Educacional FGV/IDE - São Paulo
4 - Lucas Guimarães Alves Santos Baesso
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - Instituto COPPEAD de Administração

Reumo

Este estudo investiga a relação entre ética empresarial e exclusão de pessoas com deficiência (PCDs) nas organizações. A inclusão é vista como um imperativo social e ético, destacando a necessidade de mudanças nas atitudes e práticas para promover a igualdade e combater a discriminação. A pesquisa aborda a importância da inclusão de PCDs e a prevalência de uma cultura antiética que contribui para sua exclusão no ambiente de trabalho.
O problema central é a exclusão de PCDs no mercado de trabalho devido a práticas antiéticas nas organizações. As questões de pesquisa incluem: (i) Quais fatores influenciam a exclusão de PCDs? (ii) Como esses fatores se relacionam com a ética empresarial? (iii) Quais recomendações podem ser feitas para promover a inclusão efetiva? O objetivo é compreender a relação entre ética empresarial e exclusão de PCDs, propondo práticas inclusivas.
A inclusão de PCDs melhora o desempenho e inovação organizacional, mas enfrenta barreiras como a ausência de políticas inclusivas, infraestruturas inadequadas e preconceitos. A exclusão é resultado de estereótipos, assédio e desconhecimento sobre as capacidades das PCDs. A ética empresarial deve abordar esses desafios, promovendo uma cultura inclusiva que valorize a diversidade e a equidade no ambiente de trabalho.
O estudo qualitativo foi conduzido no Brasil, utilizando entrevistas abertas com 25 PCDs e 3 não-PCDs. A coleta de dados seguiu uma abordagem indutiva, e as entrevistas foram transcritas e analisadas para identificar padrões de comportamento antiético nas organizações. A seleção de participantes considerou PCDs inseridos no mercado de trabalho formal nos últimos 3 anos, garantindo diversidade nas experiências relatadas.
Cinco dimensões de conduta antiética foram identificadas: injustiça organizacional, práticas gerenciais abusivas, comportamento egoísta, falta de consciência e cultura de retaliação. Exemplos incluem exclusão por favoritismos, assédio por superiores e colegas, e falta de adaptações no ambiente de trabalho. Os resultados destacam a necessidade de mudanças nas atitudes e práticas organizacionais para promover a inclusão efetiva de PCDs.
A pesquisa revela que, apesar da legislação brasileira garantir direitos às PCDs, a implementação prática é insuficiente. A promoção de uma cultura ética e inclusiva exige a criação de um ambiente de trabalho seguro e de apoio, além de treinamentos comportamentais e ajustes nos processos de recrutamento e seleção. É essencial integrar valores morais nas estratégias empresariais para garantir uma verdadeira inclusão de PCDs.
Referências citadas ao longo do artigo incluem estudos sobre ética empresarial, inclusão de PCDs, e práticas antiéticas em organizações. Os autores citados incluem Aichner (2021), Bonaccio et al. (2020), Greene e Kirton (2023), Hutson e Hutson (2023), Jammaers (2022, 2023), Kraut (2007), Lindsay et al. (2023) entre outros.