Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco
Autores
Nome
1 - Alice Maria de Meneses Marcos Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - Universidade Federal de São Paulo - EPPEN/Unifesp - Osasco
2 - Maria Thereza Pompa Antunes Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - Universidade Federal de São Paulo - EPPEN/Unifesp - Departamento Acadêmico de Administração
Reumo
A globalização propiciou maior integração entre diferentes setores sociais, culturais e econômicos, ocasionada pela construção e consolidação das Tecnologias da Informação e Comunicação, responsáveis por contribuir para a edificação de um mercado mundial. Como consequência desse processo tem-se o surgimento das Startups, cujo principal desafio reside em descobrir o que produzir, de forma que esse produto/serviço seja rentável e inovador, que atenda às necessidades dos clientes e que gere um retorno confiável, mesmo em um ambiente de incertezas e com um mercado não consolidado (Ries, 2011).
Considerando as características das Startups e o contexto em que atuam, formulou-se a seguinte questão de pesquisa: Como as empresas identificadas por Startups desenvolvem seus processos de gestão de forma a atingirem a sua missão? Como objetivo geral tem-se: conhecer como as Startups desenvolvem seus processos de gestão, com a finalidade de se identificar a existência de um modelo de gestão que seja próprio para elas. Como objetivos específicos: 1) conhecer a estrutura de controle gerencial dessas empresas e 2) identificar o tipo de estrutura gerencial que conduz a melhores resultados.
A fundamentação teórica é dividida em dois blocos: Bloco 1: abordou a dinâmica empreendedora das Startups, versando sobre seus objetivos; sua natureza empreendedora; formas de captação de recursos; ciclo de vida; conceito de Fintechs e Indtechs e da Indústria 4.0. Bloco 2: abordou os conceitos de modelo de gestão; processo de gestão; de práticas de controle gerencial e de avaliação de desempenho.
Estudo qualitativo de natureza exploratória e descritiva, desenvolvido junto a 11 idealizadores e gestores de startups selecionados por conveniência. Os dados foram coletados via questionário Google Forms com perguntas fechadas - caracterização do respondente e abertas - 10 questões de acordo com os objetivos específicos. As perguntas foram formuladas com base na literatura disponível e, também, de acordo com a curiosidade do pesquisador alinhada aos modelos tradicionais de gestão. Os dados e informações coletados foram analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo (Bardin, 2016).
Após a caracterização dos respondentes, o conteúdo das respostas das 10 questões do questionário foi analisado individualmente, permitindo extrair as principais práticas de acordo com os gestores. Após isso, realizou-se uma síntese dos resultados obtidos de acordo com os objetivos específicos de forma a se responder à questão de pesquisa formulada e atingir ao objetivo geral do estudo.
Alcançar a validação de mercado e manter a continuidade dessas empresas contempla a utilização de gestão inteligente e atenção seus estágios de vida e que, a partir deles, define a viabilidade das próximas ações a serem executadas, pois as práticas de gestão dependem do estágio de vida no qual as empresas se encontram. As startups são empresas que mantém processos contínuos de aprendizagem e aprimoramento que são fundamentais, dado ao contexto de inovação que as constitui, além de acompanhar e se adaptar a um mercado em transformação e contribuir para que outros setores também se desenvolvam.
CASSAR, G. The financing of business Startups. Journal of Business Venturing, v. 19, n. 2, p. 261-283, 2004.
OYADOMARI, J.C et. al. Contabilidade Gerencial: ferramentas para melhoria do desempenho empresarial. São Paulo: Atlas, 2018.
OVIATT, B. M; MCDOUGALL; PHILLIPS, P. Toward a Theory of International New ventures. Journal of International Business Studies, v. 36, p. 29-41, 2005.
RIES, E. A Startup Enxuta. São Paulo: Leya, 2012.