Resumo

Título do Artigo

O endividamento das operadoras de planos de saúde suplementar por modalidade e o contexto macroeconômico do mercado brasileiro.
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Palavras Chave

Operadoras de plano de saúde
Endividamento
Variáveis macroeconômicas

Área

Finanças

Tema

Contabilidade para usuários externos

Autores

Nome
1 - Daniel Martins de Figueiredo e Camargo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
2 - Simone Evangelista Fonseca
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP) - DECAD/ICSA
3 - Antônio Artur de Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Reumo

No sistema de saúde brasileiro todas as modalidades de operadoras de planos recebem subsídios indiretos do Estado por renúncias fiscais e contributivas. A ANS (2021) aponta aumento significativo do número de beneficiários e evolução nas arrecadações segundo a receita bruta e na lucratividade do setor. As operadoras são empresas às quais se aplicam teorias e indicadores de Finanças. Sendo fundamental pesquisas empíricas contemporâneas abordarem o desempenho econômico-financeiro de operadoras levando-se em conta o contexto macroeconômico do mercado brasileiro.
Investigar o endividamento das operadoras de planos de saúde suplementar por modalidade no contexto macroeconômico do mercado brasileiro.
Indicadores econômico-financeiros refletem o desempenho das operadoras e quando combinados a fatores externos a elas permitem visão robusta da sua situação financeira (Avelar, 2018; Silva & Loebel, 2017; Kudlawicz, 2013). A influência da inflação é comumente maior no setor de saúde, dadas despesas com tecnologia, procedimentos e remédios (Chandra, e Skinner, 2012). Xavier, Souza, Avelar (2019) apontam que eles têm diferenças estatisticamente significativas por modalidade. Já Fernandes, Cailleau, e Souza (2019) avaliaram padrões comportamentais de indicadores conforme modalidade e região.
Os resultados indicaram que variáveis do desempenho econômico das operadoras e macroeconômicas influenciaram o endividamento. A modalidade de Administradora de benefícios foi a que apresentou desempenho superior entre o grupo analisado, enquanto a odontologia de grupo apresentou desempenhos inferiores considerando-se o retorno sobre o patrimônio líquido. Além disso, a modalidade de filantropia apresentou desempenhos superiores aos de odontologia de grupo e cooperativa odontológica.
O endividamento a longo prazo, se usado de maneira estruturada/planejada, apresenta benefícios para as operadoras, ressaltando-se a necessidade de estudar a influência de fatores diversos, como por exemplo, o porte da operadora, a modalidade e os resultados esperados no médio e longo prazo destas instituições. Tal argumento é amparado no consenso entre os estudos como os de Chandra e Skinner (2012) e Avelar e Souza (2018) de que utilizar o endividamento de longo prazo estrategicamente pode trazer benefícios para a estrutura das operadoras e melhorias para as redes de atendimento.
Chandra, A., & Skinner, J. (2012). Technology growth and expenditure growth in health care. Journal of Economic Literature, 50(3), 645-680. Silva, R. C., Santos, R. R, & Macedo, M. A. da S. (2017). Análise do desempenho econômico-financeiro de operadoras de planos de saúde no Brasil. Brazilian Journal of Quantitative Methods Applied to Accounting, Monte Carmelo, 2, 50-66. Silva, V. V., & Loebel, E. (2016). Desempenho econômico-financeiro de operadoras de planos de saúde suplementar. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde, 5(2), 57-70.