Resumo

Título do Artigo

Resiliência em sistemas agroindustriais: uma revisão sistemática da literatura
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Palavras Chave

resiliência
sistemas agroindustriais
cadeia produtiva

Área

Agribusiness

Tema

Estratégia e Competitividade nas cadeias agrícolas

Autores

Nome
1 - Beatriz Naomi Saito
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - Campo Grande
2 - Silvia Morales de Queiroz Caleman
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN
3 - Susan Yuko Higashi
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - Cpcs

Reumo

O estudo da resiliência em sistemas agroindustriais é de extrema importância devido à sua capacidade de enfrentar e superar adversidades que podem comprometer a segurança alimentar, a estabilidade econômica e o bem-estar social. Desastres naturais, crises geopolíticas e interrupções na logística demonstram como as cadeias de suprimentos acabam por se tornar vulneráveis a uma série de fatores, reforçando a necessidade de se obter estratégias eficazes para garantir a produtividade e a continuidade das operações. A resiliência contribui para a mitigação de riscos financeiros e operacionais.
O presente trabalho tem como objetivo elaborar uma revisão sistemática no que tange aos direcionadores da resiliência nas cadeias produtivas do agronegócio.
Segundo Christopher e Peck (2004), a criação de uma cadeia resiliente de suprimentos, envolve quatro princípios, o de mapeamento da estrutura, da colaboração, agilidade e operação de risco em cadeias de suprimentos. O mapeamento correspondia a identificação de possíveis gargalos que interrompessem o fluxo e capacidade de produção, a colaboração enfoca o trabalho conjuntural e o compartilhamento de informações para reduzir os riscos possam ser reduzidos dentro da cadeia de suprimentos, a agilidade, por sua vez, abrange a identificação e eliminação de atividades desnecessárias.
Com base nos trabalhos pesquisados foi possível dividir as variáveis em 8 categorias de análise, sendo, desenvolvimento de capacidades (capacidade de antecipar, de adaptar e responder, capacidade dinâmica e dinâmica digital, continuidade da gestão e compartilhamento de informações), uso de tecnologias (rastreamento, big data e SIG), sustentabilidade, suporte governamental (políticas de incentivo, suporte financeiro e investimento em infraestrutura), governança, diversificação, uso de cooperativas e ripple effect.
Os achados também refletiram um impacto significativo da pandemia de COVID-19, demonstrando como a resiliência operacional precisou ser intensamente aplicada para manter as operações em meio ao caos global. A pandemia acelerou inovações tecnológicas, como o uso de big data para melhorar os rastreamentos tanto para fornecedores quanto para consumidores, além de promover inovações sustentáveis. Também reforçou a importância da logística eficiente e adaptável, destacando como práticas logísticas avançadas como facilitador da resiliência das cadeias de suprimentos.
CHRISTOPHER, M.; PECK, H. Building the Resilient Supply Chain. The International Journal of Logistics Management, v. 15, n. 2, p. 1–14, 2004. Disponível em: https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/09574090410700275/full/html. GUPTA, N.; VEMIREDDY, V.; SHAW, A. Food supply chains and resilience to shocks: Evidence from India’s COVID-19 lockdown. Applied Economic Perspectives and Policy, v. 45, n. 4, p. 1801–1834, 2023. HENDRY, L. C. et al. Local food supply chain resilience to constitutional change: the Brexit effect. International Journal of Operations and Production Management, v.