Resumo

Título do Artigo

ADAPTAÇÃO INTERCULTURAL DE MULHERES BRASILEIRAS AUTOEXPATRIADAS
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Palavras Chave

Adaptação Intercultural
AutoExpatriação
Mulher Brasileira Altamente Qualificada

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreira de Pessoas e Organizações

Autores

Nome
1 - Ester Paula dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Campus Santa Mônica
2 - Janaína Maria Bueno
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN - Faculdade de Gestão e Negócios
3 - Carlos Roberto Domingues
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN - Faculdade de Gestão e Negócios

Reumo

O processo da mobilidade internacional pode ser um episódio biográfico disruptivo em que se experimenta uma série de desafios, sendo um deles a adaptação intercultural que irá afetar diferentes aspectos da vida pessoal e profissional. O pleno sucesso em se adaptar aos ambientes gerais, sociais e de trabalho no novo país também significa o pleno sucesso do processo de mobilidade em si. Para as mulheres altamente qualificadas em mobilidade internacional pode ser ainda mais desafiador, visto os papéis de gênero atribuídos que ainda são naturalizadas e transportadas para qualquer lugar do mundo.
A adaptação intercultural, configura um dos mais importantes fatores envolvendo a mobilidade internacional, entretanto não foram encontrados estudos que relacionem este processo às mulheres brasileiras autoexpatriadas e suas implicações para as trajetórias de vida e carreira. O objetivo deste estudo é examinar como ocorre a adaptação intercultural de mulheres brasileiras autoexpatriadas e que são altamente qualificadas. Pretende-se contribuir com o entendimento sobre como mulheres brasileiras em mobilidade do tipo autoexpatriação vivenciam as diferentes facetas da adaptação intercultural.
O grau de facilidade (ou dificuldade) que o indivíduo tem em se adaptar a um ambiente cultural diferente, de forma eficiente e suficiente, com plenos atributos como o bem-estar psicológico e a integração social ao país estrangeiro, é um campo de estudo conhecido na literatura como adaptação interculturalAs questões inerentes à mobilidade geográfica internacional e adaptação intercultural vão se mostrar diferentemente dependendo do perfil da pessoa. Assim, é necessário usar distintas lentes em abordagens que utilizem a interseccionalidade como foco integrado para compreender a complexidade.
É uma pesquisa narrativa, descritiva-narrativa, como estratégia de análise, foi adotada a Análise de Conteúdo segundo os preceitos de Bardin (2011). A coleta de dados aconteceu entre outubro e novembro de 2023, com o total de 21 entrevistas, com duração média de 45 minutos, em um total de mais de 16 horas de gravações em vídeo e 548 páginas transcritas.Para a tratativa desses dados foi utilizado o software AtlasTI, onde foi realizada a codificação dos dados de forma a possibilitar a construção de sínteses interpretativas nas categorias analisadas.
Os achados encontrados mostram que neste grupo de mulheres, apesar de todas as dificuldades que serão mais bem detalhadas adiante, de modo geral, elas se consideram adaptadas nos países de destino de sua mobilidade internacional, neste momento de sua trajetória no exterior. E não houve relatos sobre dificuldade de adaptação de cônjuges e filhos, no caso das entrevistadas que fizeram a mobilidade internacional com a família.Para muitas participantes, a mobilidade internacional impulsionou um processo de liberdade pessoal e profissional e de autoconhecimento.
Observou-se que, com o passar do tempo e com a adaptação intercultural, apesar dos percalços, barreiras e desafios, elas se afirmam completamente adaptadas e que estar em mobilidade internacional possibilitou um equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional.Estarem fora de suas zonas de conforto, abertas ao “não saber”, não compreender e começar “tudo do zero”, consequências de estarem vivendo em um ambiente completamente diferente, levou-as a testarem seus limites e passarem por um processo de autorreconhecimento e elevação da autoconfiança, sendo protagonistas de suas vidas e carreiras.
ANDRESEN, M.; BERGDOLT, F., MARGENFELD, J.; DICKMANN,BARDIN l., BARUCH, Y.;DICKMANN, M.; ALTMAN,Y.; BOURNOIS, F.,BERRY, J. W.,BLACK, J. S.; MENDENHALL, M.; ODDOU, G.,BUENO, J. M.; DE HASS, H.n; CASTLES, S.; MILLER, M. J.,DE LIMA, D. F.; DOMINGUES, C. R.,FRAGA, A. M.; ANTUNES, E. D; ROCHA-DE-OLIVEIRA, S.,FRAGA, A. M.; VAZ, E. R. D.; GALLON, S.,FREITAS, M. E; DANTAS, M.,HIRATA, H.; KERGOAT, D.,OLTRAMARI, A. P.,SALAZAR, N. B.,SUSSMAN, N. M.,ZAHARNA, R. S.,ZWYSEN, W.