Relações entre Capacidade Absortiva, Ambidestria Organizacional, Educação 4.0 e Desempenho Organizacional nas Instituições de Ensino Superior Privadas Brasileiras.
Ambidestria Organizacional
Educação 4.0;
Instituições de Ensino Superior.
Área
Estratégia em Organizações
Tema
Processo Estratégico nas Organizações
Autores
Nome
1 - Meire Daiana Morais Damasceno UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Fortaleza
2 - Sergio Henrique Arruda Cavalcante Forte UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - PPGA
Reumo
A Educação 4.0 influencia demandas e oportunidades de inovação nas Instituições de Ensino Superior (IESs). Este estudo visa mensurar os impactos da capacidade absortiva e dos modelos de ambidestria, moderados pela Educação 4.0, no desempenho organizacional das IESs privadas no Brasil. Um modelo teórico foi proposto e testado com uma pesquisa quantitativa de corte transversal, envolvendo 128 IESs. Os dados, coletados via questionário Likert de sete pontos, foram analisados com modelagem de equações estruturais.
Quais efeitos da capacidade absortiva, da diferenciação estrutural, do suporte social na ambidestria organizacional e no desempenho organizacional das Instituições de Ensino Superior particulares no Brasil, sob a influência da educação 4.0?
Objetivo geral, esta pesquisa pretende testar empiricamente um modelo conceitual que inclui a capacidade absortiva, a diferenciação estrutural, o suporte social, a ambidestria organizacional e o desempenho organizacional, com o efeito moderador educação 4.0 na relação entre a ambidestria organizacional e o desempenho nas Instituições de Ensino Superior.
Baseia nos conceitos de Educação 4.0, ambidestria organizacional e capacidade absortiva. A Educação 4.0, alinhada à Indústria 4.0, envolve a integração de tecnologias para melhorar a produtividade e a qualidade do ensino. A ambidestria organizacional refere-se à capacidade de uma organização de equilibrar exploração e inovação contínua. A capacidade absortiva é crucial para a adaptação e evolução das IESs, permitindo que absorvam e utilizem informações externas para manter uma vantagem competitiva. Esses conceitos são integrados para analisar seu impacto no desempenho das IESs privadas.
A metodologia utilizada é descritiva e explicativa, com enfoque quantitativo e corte transversal. Foram coletados dados de 128 Instituições de Ensino Superior (IESs) privadas no Brasil através de um questionário online com 41 questões em escala Likert de sete pontos. O software G*Power determinou o tamanho da amostra. A análise dos dados foi realizada usando modelagem de equações estruturais com os softwares SPSS e SmartPLS. A pesquisa busca testar um modelo teórico que integra capacidade absortiva, ambidestria organizacional, Educação 4.0 e desempenho organizacional.
A capacidade absortiva influencia positivamente a ambidestria organizacional, permitindo a adaptação e inovação contínuas. A diferenciação estrutural, no entanto, não mostrou influência significativa na ambidestria organizacional.O suporte social exerce uma influência positiva na ambidestria organizacional,facilitando a colaboração e a inovação.A ambidestria organizacional, por sua vez, impacta positivamente o desempenho organizacional das IESs privadas.A Educação 4.0 modera positivamente a relação entre ambidestria organizacional e desempenho,impulsionando a eficácia das estratégias adotadas.
O estudo validou o modelo teórico que integra capacidade absortiva, ambidestria organizacional e desempenho das IESs privadas, com a moderação positiva da Educação 4.0. A capacidade absortiva se mostrou crucial para promover a ambidestria, que impacta diretamente o desempenho organizacional. A Educação 4.0 demonstrou potencializar essa relação, destacando-se como um fator importante para a competitividade das IESs. No entanto, a diferenciação estrutural não apresentou influência significativa, sugerindo que a simples separação de atividades não é suficiente para promover a ambidestria.
Ahmed, S. S., Guozhu, J., Mubarik, S., Khan, M., & Khan, E. (2019). Intellectual capital and business performance: the role of dimensions of absorptive capacity. Journal of Intellectual Capital. https://doi.org/10.1108/JIC-11-2018-0199. Andriopoulos, C. & Lewis, M.W. (2009). Exploitation-exploration tensions and organizational ambidexterity: managing paradoxes of innovation. Organization Science, 20(4), 696 – 717. https://doi.org/10.1287/orsc.1080.0406. Birkinshaw, J., & Gibson, C. (2004). Building ambidexterity into an organization. MIT Sloan Management Review, 45(4), 47-55.