Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE ESTUDOS DE CARREIRAS, FEMINISMOS E A BUSCA POR UMA ABERTURA INTERSECCIONAL
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Palavras Chave

carreiras
feminismos
bibliométrico

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Epistemologias e Ontologias em Estudos Organizacionais

Autores

Nome
1 - Fernanda de Aguiar Zanola
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
2 - Fernanda Cavalheiro Ruffino Rauber
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - DAE
3 - Lauri Luis Rauber
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
4 - Flaviana Andrade de Pádua Carvalho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia (DAE)

Reumo

Este estudo parte da observação que o conceito de carreira possui diferentes acepções e podem ser utilizados em distintas perspectivas. Pesquisas que se fundam nos encontros epistemológicos dos conceitos de carreiras e feminismos observam os meios em que as multiplicidades das relações humanas, capturam as heterogeneidades das conexões, elevando o conhecimento social sobre como os processos funcionam, ou devem funcionar, explorando, assim, como os atores se relacionam em determinados contextos. Em suma, as teorias feministas para os estudos de carreira possuem uma perspectiva viva e vivida.
Pretende-se apontar a evolução do campo que une os estudos de carreiras e feminismos, com base em uma revisão bibliométrica da literatura que foi publicada nos últimos quarenta e cinco anos sobre o tema. Por meio dessa investigação, serão expostos os principais periódicos e países que desenvolveram o campo; palavras-chave e conceitos relevantes aos estudos. Além de destinar esforços para identificar se existe uma abertura para estudos interseccionais no banco de dados analisado.
Observa-se as carreiras com enfoque nas relações sociais, reforçando a compreensão que a identidade pessoal e social do indivíduo e o cenário exerce influência sobre escolhas cotidianas. Assim, adota-se como preceito fundamental a assertiva de que “as carreiras são sempre carreiras no contexto” (MAYRHOFER; MEYER; STEYRER, 2007, p.215). Ademais, o feminismo é visto como uma teoria apta a evidenciar contextos sociais, históricos e desafiar relações de gênero. Exploram experiências, mudanças e escolhas que alteram as dinâmicas organizacionais, sociais, psicológicas, bem como as carreiras.
Optou-se por uma abordagem bibliométrica, de cunho quantitativo, baseada em modelos matemáticos para analisar a ciência. Assim, foi explorada a literatura relevante sobre o tema. Dentre as bases de busca, foram selecionadas Scopus e Web of Science para as análises. Logo, termos como carrer* e feminism* delinearam a busca, filtrada por documentos, em outras palavras, no título, resumo e palavra-chave, limitando os resultados a artigos e revisões. Posteriormente, os resultados alcançados foram analisados com o auxílio dos softwares Bibliometrix, VosViewer e CiteSpace.
Preliminarmente, notou-se 299 artigos da Web of Science e 458 da Scopus. Contudo, 89 referencias estavam duplicadas. A partir dessas informações, foram construídas observações e indicações de produtividade e agrupamentos conceituais como: (1) experiências humanas e sociais; (2) relações organizacionais e de gênero; (3) psicologia e social. Ademais, notou-se uma abertura ao feminismo interseccional. Essa visão se caracteriza por capturar as consequências de interação entre duas ou mais formas de subordinação. Para isso, evita visões generalistas acerca de diferentes grupos e contextos.
Observou-se um volume de publicações ascendente e tendências temporais acerca do tema. Além de novas chamadas de conceitos, reiterando a relevância de abordagens que unam demandas tanto de conceitos e críticas advindas dos estudos feministas como de carreiras. Do mesmo modo, explorou-se os principais publicadores e evolução ao longo do período. Notou-se os países que mais publicam, identificando a relevância do norte do globo nas publicações, bem como o crescimento da participação do sul global.
REFERENCIAS MOORE, Celia; GUNZ, Hugh; HALL, Douglas T. Tracing the historical roots of career theory in management and organization studies. Handbook of career studies, p. 13-38, 2007. HUPPATZ, Kate. Theories of vertical segregation in feminized occupations: rethinking dominant perspectives and making use of Bourdieu. In: Handbook of Gendered Careers in Management. Edward Elgar Publishing, 2015. INKSON, Kerr; DRIES, Nicky; ARNOLD, John. Understanding careers: The metaphors of working lives. Thousand Oaks, CA: Sage publications, 2007.