Políticas, Modelos e Práticas de gestão: do tradicional às competências
Autores
Nome
1 - Luiz Henrique da Silva Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - FEA - São Paulo
2 - Tatiani Schmitt UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Programa de Pós-graduação em Administração
3 - Francielle Molon da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Faculdade de Administração e Turismo
4 - Tatiana Ghedine UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) - UNIVALI
Reumo
A competência coletiva (CC) tem se destacado nas discussões organizacionais como uma ferramenta de gestão que tem por finalidade a melhoria da eficiência e o funcionamento de equipes (Guernoub & Kerkoub, 2019), possibilitando desenvolver trabalhos coletivos. Por meio da dimensão coletiva das competências é possível desenvolver uma base coletiva de conhecimento que auxilia na melhoria da colaboração, comunicação e compreensão entre os membros da equipe (Langlois, 2020), aprimorando o desempenho laboral e contribuindo com os resultados organizacionais (Silva & Ghedine, 2020).
Como forma de contribuir para o desenvolvimento e formação das competências coletivas, este artigo possui como objetivo identificar os fatores que explicam as competências coletivas em equipes de design de moda.
A identificação das CC possibilita às organizações um melhor entendimento das atividades coletivas de suas equipes. Para isto, elas precisam buscar desenvolver suas CC deficientes e formar CC ausentes, necessárias para aprimorar o desempenho de suas equipes e contribuir com o alcance dos resultados organizacionais (Silva & Ghedine, 2020). Somado a isto, na indústria da moda a identificação das CC permite sua articulação e desenvolvimento, colaborando na integração e formação de indivíduos e equipes para a ocorrência da gestão de design (Libânio & Amaral, 2016).
Utilizando-se de uma pesquisa descritiva, quantitativa e coleta de dados por meio de survey com 22 equipes de design de moda catarinenses, tendo 122 respondentes, foram aplicadas as técnicas de análise de dados fatorial exploratória e análise de variância.
Os resultados demonstraram quatro fatores explicativos presentes nas equipes: espírito coletivo, interação, cooperação e relacionamento. Dois destes fatores se apresentaram divergentes (espírito coletivo e interação) e dois fatores convergentes (cooperação e relacionamento) nas equipes analisadas.
Nossas descobertas deixaram evidente o quanto esses fatores são relevantes na composição e formação dos grupos, manifestando-se como atributos explicativos e essenciais para as competências coletivas. A combinação sinérgica dos fatores encontrados permite as equipes desenvolverem ações compartilhadas em prol da organização do trabalho, uma vez que havendo competências coletivas é possível ir além, e esse ir além representa a capacidade que as pessoas tem de pensarem e agirem no coletivo.
Guernoub, H., & Kerkoub, I. A. (2019). La compétence collective et les capacités dynamiques de la firme: repports théoriques et application managériales. Les Cahies du Cread, 35(3), 73-94.
Langlois, S. (2020). Collective competence: moving from individual to collaborative expertise. Persp. Med. Ed., 9, 71-73.
Libânio, C., & Amaral, F. (2016). Competencies and interactions in design management. Brazilian Business Review, 13(6), 191-209.
Silva, L., & Ghedine, T. (2020). Competências coletivas e seus elementos constitutivos: um estudo de caso na indústria da moda. Enanpad.