Resumo

Título do Artigo

A Moderação da Função Híbrida da Cooperativa na Relação entre as Organizações Estruturantes e a Intercooperação
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Intercooperação
Cooperativismo
Organizações Estruturantes

Área

Agribusiness

Tema

Cooperativas

Autores

Nome
1 - Pedro Henrique Rodrigues de Sousa
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - PPGA
2 - Edgar Reyes Junior
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Departamento de Administração
3 - Victor Del-Corte-Lora
Universitat Jaume I - Administración de Empresas y Marketing

Reumo

Ainda que a própria composição cooperativa se proponha a fornecer meios para que as pequenas empresas ampliem sua competitividade, existem contextos em que a cooperativa, individualmente, não dispõe de escala, recursos ou know-how necessários para a consecução de determinadas ações. Assim, a intercooperação pode viabilizar o alcance de objetivos que individualmente, não dispõe de escala, recursos ou know-how necessários para a consecução de determinadas ações. A intercooperação pode viabilizar o alcance de objetivos que individualmente não seria possível.
O objetivo do presente estudo é identificar as influências das organizações estruturantes sobre a intercooperação.
O termo “organizações estruturantes” integra nomenclaturas utilizadas para fazer referências às organizações de grau superior do cooperativismo com funções associativistas, que tem o propósito de promover, representar, desenvolver e harmonizar os interesses das cooperativas (Božić et al., 2019; Novkovic & Golja, 2015; Ruano, 2018); Neste sentido, as organizações estruturantes podem exercer papeis centrais em relações de intercooperação, seja regulando ou coordenando ações entre cooperativas (Arruda et al., 2017), ou mesmo intermediando relações comerciais e ações de interesses mútuos.
Utilizou-se uma abordagem qualitativa e técnicas de análise de conteúdo. A pesquisa teve como lócus cooperativas legalmente constituídas e inscritas na OCB; assim, foram realizadas entrevistas com presidentes e/ou diretores vinculadas às referidas cooperativas. Ademais, buscou-se realizar entrevistas com representantes de cooperativas e organizações estruturantes da Espanha. Para validade do roteiro de entrevista, foi utilizado o Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC), proposto por Hernandez-Nieto (2002).
O papel das organizações estruturantes é relevante para a consecução de relações intercooperativas, por meio de ações institucionais e não institucionais de incentivo à intercooperação, favorecendo a ampliação de tais relacionamentos por meio da mediação realizada entre os atores que não estão diretamente conectados. Foi observado que esta influência das organizações estruturantes na viabilização de relações intercooperativas é maximizada em cooperativas que enfatizam sua função híbrida e não exclusivamente sua função econômica.
Os efeitos moderadores exercidos pela função enfatizada (econômica ou cooperativista) e a capacidade organizacional na influência das organizações estruturantes sobre a intercooperaçaão se dá devido ao fato das cooperativas que disponham de uma ampla profissionalização e um expressivo desenvolvimento institucional (como, por exemplo, participação em relevantes sistemas cooperativos nacionais do segmento, ampla reputação, etc) terem maior capacidade de desenvolverem outras relações intercooperativas e, portanto, uma menor exigência da atuação das organizações estrutturantes.
Božić, J., et al. (2019). Croatian co-operatives’ story of revival: Overcoming external obstacles. Journal of Co-Operative Organization and Management, 7(2), 1–10. Fauquet, G. (1941). The Co-Operative: Sector an Essay on Man’s Place in Co-Operative Institutions and Their Place in Economic Life. Annals of Public and Cooperative Economics, 17(2), 342–369. Leite, J. S. (1982). Cooperação e Intercooperação. Lisboa: Livros Horizonte. Novkovic, S., & Golja, T. (2015). Cooperatives and Civil Society: Potential for Local Cooperative Development in Croatia. Journal Entrep. Organiz. Diversity,153–169.