Resumo

Título do Artigo

A IMPORTÂNCIA DO USO DE MÉTODOS E FERRAMENTAS NO APOIO À CRIAÇÃO DE SENTIDO EM PROCESSOS DE INTELIGÊNCIA COLETIVA
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Ferramentas de inteligência
Inteligência Coletiva
Criação de Sentido

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Processo Estratégico nas Organizações

Autores

Nome
1 - Giovanna Eloísa Brinkhus
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
2 - Raquel Janissek-Muniz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
3 - Amanda Cainelli
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
4 - Daniela Francisco Brauner
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração

Reumo

Com processos de inteligência, as empresas ficam atentas às transformações do ambiente, monitorando informações pertinentes ao seu negócio e atuando de forma coletiva para gerar sentido ao que se observa. Este artigo propõe a investigação de métodos e ferramentas para apoio a processos de criação coletiva de sentido, em especial Delphi, Roadmapping, Design Thinking e Brainstorming. Com uma abordagem qualitativa realizada através de entrevistas semiestruturadas, resultados sugerem o papel fundamental de ferramentas na criação coletiva de sentido, trazendo diversos benefícios às organizações.
O artigo tem como problema de pesquisa a investigação a respeito do uso de métodos e ferramentas de criação de sentido no apoio aos processos de criação coletiva de sentido. O objetivo principal é analisar a importância e contribuição do uso de métodos e ferramentas para apoio do sensemaking nos processos de inteligência coletiva, associado a compreender a temática atual da IC ligada ao sensemaking.
A Inteligência Coletiva pode apoiar o sensemaking através da combinação das habilidades do grupo envolvido. A partir desta abordagem, a pesquisa explora o sensemaking organizacional associado ao coletivo proposto pela Inteligência Estratégica Antecipativa e Coletiva. Posteriormente abriu-se a discussão para métodos e ferramentas de criação coletiva de sentido, trazendo um compilado da literatura dos tópicos. Dentro dos métodos, o referencial focou especificamente em quatro: Delphi, Roadmapping, Design Thinking e Brainstorming e em uma busca das ferramentas associadas a eles.
Com uma abordagem qualitativa exploratória, foram realizadas 11 entrevistas semiestruturadas com profissionais da área de inteligência, cujos dados foram analisados utilizando análise de conteúdo (BARDIN, 2011). A coleta de dados ocorreu entre 11/03/2021 e 19/03/2021 seguindo um roteiro semiestruturado, o qual foi construído a partir do referencial teórico de base da pesquisa. Para a etapa de redução de dados, foi utilizada a Voyant Tools, uma ferramenta web aberta de mineração de dados que ajuda a orientar a pesquisa de maneira distintas de outros métodos de pesquisa tradicionais.
A partir das entrevistas foram analisadas as perspectivas dos painelistas sobre os conceitos de Inteligência Coletiva e sensemaking, as discrepâncias entre a teoria e o trabalho dos profissionais de inteligência e as principais ferramentas e métodos utilizados pelos entrevistados em suas organizações. Para a análise de conteúdo e redução de dados, foi utilizado o Voyant Tools, sendo elaboradas nuvens de palavras que geraram insights de análise e pontos de atenção. Evidencia-se uma lacuna entre a teoria e a prática dos entrevistados, e que o uso de ferramentas depende do tipo de negócio.
Conclui-se que os métodos e ferramentas possuem grande relevância para o ambiente organizacional e principalmente para os setores de inteligência, pois eles aceleram a aprendizagem baseada em informações do ambiente, reduzindo o tempo para interpretação das informações. O Design Thinking e Brainstorming apresentaram maior uso entre as organizações dos entrevistados, ambos possuem um caráter mais reativo e tático. Assim, pode-se inferir que o foco da área de inteligência das organizações dos entrevistados está mais no curto/médio prazo do que no desenvolvimento de estratégias de longo prazo.
LESCA, H. et al. Inteligência Estratégica Antecipativa: uma ação empresarial coletiva e pró-ativa, 2003, 8 p. LESCA, H. e JANISSEK-MUNIZ, R. 2015. Inteligência Estratégica Antecipativa e Coletiva: O Método L.E.SCAnning. Porto Alegre: Pallotti. LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Loyola, 2003. SUROWIECKI, J. The Wisdom of Crowds. Anchor Books, 2005. WEICK, K. E. Sensemaking in organizations. London, Sage, UK. 1995. WOOLLEY, A. W.; et al. Evidence of Collective Intelligence Factor in Performance of Human Groups. Science, v. 330, 686-688, 2010.