Resumo

Título do Artigo

QUEM EU ERA E QUEM SOU AGORA: “TRANSFORMAÇÕES NA IDENTIDADE PROFISSIONAL DECORRENTES DE EXPATRIAÇÃO”
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Palavras Chave

Identidade Profissional
Expatriação
Repatriação

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Adriana Luvizotto Vieira
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ - UNICESUMAR (UNICESUMAR) - Maringá
2 - Hilka Pelizza Vier Machado
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Doutorado em Administração

Reumo

Ser expatriado é uma experiência que desafia o expatriado a se integrar em outro contexto cultural, social e estrutural (Mercier, David, Mahia & De Arce, 2016). No retorno, as identidades são transformadas, entre elas, a identidade profissional(IP). Ela é importante porque afeta os relacionamentos, o comportamento no trabalho e o bem estar (Caza & Creary, 2016). Para as organizações, ela contribui para desempenho , inovação e criatividade no trabalho. Poucos estudos exploraram as transformações de identidades decorrentes da expatriação (Peltokorpi & Zhang, 2020), mas eles não focam IP.
A expatriação provoca efeitos nas identidades e, como a identidade profissional é importante para o bem estar, desempenho, inovação e criatividade dos indivíduos , é importante conhecer efeitos da expatriação em identidades profissionais, para melhor aproveitamento do conhecimento obtido na expatriação. Esta pesquisa tem como questão de pesquisa: Experiências de expatriação geram efeitos nas identidades profissionais de repatriados? O objetivo é compreender e analisar possíveis efeitos de experiências de expatriação em identidades profissionais de repatriados brasileiros.
Expatriado é o profissional que vai trabalhar fora do país onde está situada a empresa matriz, para desempenhar uma função profissional por um determinado período (Rabello, Macke & Zanella, 2019). A expatriação pode ser compreendida por etapas, a primeira consiste na preparação para a missão, a segunda é a própria missão (expatriação) e a terceira é o retorno da missão (repatriação) (Gallon & Antunes, 2015). A identidade profissional envolve um conjunto de conhecimentos e competências associadas ao trabalho profissional (Vieira, Kakehasi, Silva & Mattos, 2020) e diz respeito a auto percepção
Este é um estudo qualitativo, um estudo de casos múltiplos (Yin, 2015). A unidade de análise é o indivíduo, especificamente indivíduos expatriados e repatriados. No total, 19 expatriados/repatriados participaram da pesquisa. Dados foram coletados em entrevistas em profundidade. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade. Os dados foram analisados de forma indutiva, partindo das narrativas interpretadas à luz de conceitos. Para codificação, os dados foram inseridos no software NVivo12. A codificação foi aberta, e os códigos foram agrupados por relacionamentos.
Os dados foram analisados de forma indutiva, partindo das narrativas interpretadas à luz de conceitos. Para codificação, os dados foram inseridos no O relatório final da codificação resultou em 31 códigos, agrupados em seis categorias: a) alterações em características pessoais, b) alterações em características profissionais; c) aprendizado; d) aspectos relacionais; e) incerteza; f) valorização profissional. A identidade abrange processos cognitivos e comportamentais (Bojovic, Sabatier & Coblence, 2020). Nesta pesquisa, os processos cognitivos, comportamentais e relacionais foram identifica
Esta pesquisa possibilitou a compreensão de efeitos da expatriação em identidades profissionais, demonstrando que a experiência de expatriação pode gerar múltiplos efeitos positivos nas identidades profissionais. Os resultados mostraram que a expatriação pode contribuir para a construção de identidades profissionais positivas e criativas (Caza & Creary, 2016). Como limitação do estudo destaca-se o fato de quase todos os participantes terem tido o mesmo destino e trabalharem na mesma empresa, o que pode ter contribuído para um viés.
Caza, B. B., & Creary, S. (2016). The construction of professional Identity. In Perspectives on contemporary professional work. Cap. 13, p. 259-285. Gallon, S., & Antunes, E. D. (2015). Processo de Expatriação: um Modelo com Fases e Práticas. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, v. 8, n. 2, p. 54-85. Mercier, M, David, A., Mahia, R. & De Arce, R. (2016). Reintegration upon return: insights from Ecuadorian returnees from Spain. International Migration, 54, 6, p. 56-73. Mitchell, R., & Boyle, B. (2020). Understanding the Role of Profession in Multidisciplinary Team Innovation: Profes