Resumo

Título do Artigo

A DIVERSIDADE DE GÊNERO NA PROFISSÃO CONTÁBIL: uma concepção teórica integradora por meio de um estudo de meta-síntese
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Palavras Chave

Diversidade de Gênero
Profissão Contábil
Meta-Síntese

Área

Gestão de Pessoas

Tema

As faces da Diversidade

Autores

Nome
1 - Daiane Inacio da Silva Nottar
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - PPGC
2 - Eliane Bottcher
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - Cascavel
3 - Eduardo Guedes Villar
Universidade Regional de Blumenau - FURB - Departamento de Administração
4 - Silvana Anita Walter
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) - Marechal Cândido Rondon

Reumo

No Brasil, nota-se o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, a partir de meados da década de 1970, contudo, ainda persiste o domínio masculino principalmente em cargos de gestão ou chefia. As desigualdades de gênero não tratam de diferenças naturais, essenciais ou biológicas, mas são diferenças socialmente construídas entre homens e mulheres. Uma vez que estas diferenças são estabelecidas, elas são usadas para enfatizar a necessidade de estilos e padrões de comportamento.
Discussões de gênero também têm sido abordadas no contexto da profissão contábil, a qual tradicionalmente tem sido descrita como uma profissão masculina. Estudos apontam que mulheres contadoras, em geral, recebem salários inferiores aos homens e, em adição, possuem desvantagens em ocupar cargos gerenciais e estratégicos devido às responsabilidades impostas, excessos na jornada de trabalho, viagens, que, por vezes, impossibilita sua atuação ou crescimento profissional. A partir da meta-síntese, busca-se entender as abordagens teóricas da diversidade de gênero no contexto da profissão contábil.
Há duas perspectivas predominantes para o estudo de diversidade de gênero no exercício profissional. A vertente denominada de “teto de vidro” indica que as mulheres, por meio de obstáculos socialmente invisíveis, possuem dificuldades para ascender profissionalmente e ocupar cargos mais altos nas organizações. A outra vertente teórica, diz respeito às preferências de escolhas. A teoria da preferência ou “das escolhas” estabelece que as decisões profissionais das mulheres são motivadas por questões de escolhas na busca do equilíbrio entre as responsabilidades do trabalho e família.
A partir dos estudos analisados em profundidade neste estudo de meta-síntese, observa-se que as concepções e abordagens relativas à diversidade de gênero na profissão contábil são conduzidas por duas vertentes principais: (i) o primeiro refere-se às barreiras estruturais invisíveis (teto de vidro ou glass ceiling), podendo ser culturais, normativas, entre outros, presentes na carreira das mulheres; (ii) e a segunda, diz respeito às preferências das mulheres, de acordo com o estilo de vida decidem por suas prioridades: família e/ou trabalho.
A diversidade de gênero na área contábil é sustentada tanto por fatores estruturais e deterministas, quanto por fatores agenciais e voluntaristas dos atores em foco (mulheres-contadoras). Neste sentido, sugere-se que em detrimento a aparente oposição de teorias, na realidade os fatores se combinam e se co-constituem. As dificuldades impostas às mulheres para participação no contexto profissional, provocam escolhas que fomentam a desigualdade de gêneros, as quais são intersubjetivamente compartilhadas e aceitas.
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