Resumo

Título do Artigo

25 ANOS DE INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO NO BRASIL: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Investimento Social Privado
Filantropia
Gestão Social

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Social e Organizações do Terceiro Setor

Autores

Nome
1 - Andrea Martini Pineda
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - EAESP FGV
2 - Bruna de Morais Holanda
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - EAESP

Reumo

Em 2020 comemoraram-se os 25 anos da criação do conceito de Investimento Social Privado (ISP) no Brasil. Neste período, o termo se tornou mais conhecido e o campo cresceu e se fortaleceu. Porém, ainda há muito espaço para sua atuação, o que motivou este estudo. Ao observar os primeiros 15 anos do conceito, Nogueira e Schommer (2009) constataram uma série de desafios para que o ISP avançasse à época, os quais serviram de linha de base para este artigo investigar (conquistas e desafios) o campo nos últimos 10 anos, bem como apresentar perspectivas.
O artigo tem como objetivo desenhar o quadro atual do Investimento Social Privado (ISP), com base na análise de sua atuação nos últimos 10 anos, comparando-os com os 15 primeiros. Para tal, são identificados os avanços e os desafios pelos quais os investidores sociais já passaram e precisam passar, além de perspectivas para o campo.
O artigo toma como base o texto de Nogueira e Schommer (2009), seminal para as discussões acerca do Investimento Social Privado (ISP), no qual são identificados desafios (1) de ordem conceitual/político-institucional e (2) de ordem estratégico-gerencial. Também são mobilizados outros textos acadêmicos produzidos sobre o objeto - o ISP brasileiro -, e mobilizadores de conceitos sobre a sociedade civil e as relações entre sociedade civil e outras esferas da sociedade.
O artigo analisou dados das últimas sete edições do Censo GIFE e das edições 2017 e 2018 da pesquisa do Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), bem como materiais institucionais, documentos públicos e textos acadêmicos produzidos sobre o objeto: o ISP brasileiro. A partir desses dados, foram estabelecidas comparações com os primeiros 15 anos do campo - descritos por Nogueira e Schommer (2009) -, priorizando análises onde há dados relevantes na última década e optando por não nos aprofundar em questões que pouco avançaram.
No campo do ISP, há a ampliação de seus atores de interlocução, a fortificação de seus processos avaliativos, a inovação nas formas de atuação, bem como nas abordagens e estratégias de fazê-lo. Contudo, o termo ISP ainda carece de legitimidade, especialmente considerando-se o desconhecimento acerca do conceito, e profissionalização, seus investimentos são baixos frente a sua capacidade , assim como sua incidência política.
As discussões colocadas no artigo não se esgotam nele. A cada um dos avanços, desafios e perspectivas levantados cabe uma análise mais aprofundada. Seja nas suas agendas de atuação, seja no fortalecimento do campo, vale investigar oportunidades de incidência política dos atores do ISP e modos de aprimorá-las.
ALVES, M. A. O conceito de sociedade civil: em busca de uma repolitização. Organizações & Sociedade, v. 11, n. Edição especial, p.141–154, 2004. MONTEIRO, H.; KISIL, M.; WOODS, M. K. Tendências do investimento social privado na América Latina. São Paulo: Imprensa Oficial, 2011. NOGUEIRA, F. A.; SCHOMMER, P. C. Quinze Anos de Investimento Social Privado no Brasil : Conceito e Práticas em Construção. XXXIII EnANPAD. Anais. São Paulo: 2009 PAGOTTO, L. M. Advocacy em rede: em busca de maior impacto do investimento social privado no Brasil. Artigos GIFE, v. 1, n. 2, 2019.