Governança de TI
Privacidade de dados
Modelos de negócio
Área
Artigos Aplicados
Tema
Estratégia
Autores
Nome
1 - Nivaldo Carvalho da Silva PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Programa de Pós Graduação em Administ - Coração Eucarístico
2 - Humberto Elias Garcia Lopes PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Programa de Pós-Graduação em Administração
3 - Rodrigo Baroni de Carvalho PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Programa de Pós-Graduação em Administração
Reumo
O uso de informações coletadas a partir de ferramentas de mídias sociais, monitoramento de consultas à Internet e dados extraídos de aparelhos pessoais conectados à Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) tem sido eficaz para determinar o perfil dos consumidores e um aliado em ofertas customizadas de bens e serviços. Este cenário é resultado direto das transformações que decorrem da quarta revolução industrial, a chamada “indústria 4.0”, baseada na conectividade de máquinas, digitalização, inteligência artificial e criação de redes inteligentes (Sakura & Zuchi, 2018).
Os veículos conectados implicam discussões sobre ameaças à segurança e à privacidade de informações e os benefícios esperados pelos seus usuários. Neles, a coleta e tratamento indevido dos dados pode implicar riscos substanciais de exposição não consentida de hábitos, preferências pessoais e dados pessoais sensíveis. Logo, é importante que eles contem com sistemas de governança da a privacidade dos dados pessoais, exigência, inclusive, da Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD).
Este artigo contribui para este importante debate ao investigar como a privacidade dos dados está sendo tratada no desenvolvimento dos veículos conectados no Brasil.
Para isto, nós fizemos um estudo de caso em uma indústria automobilística multinacional que está desenvolvendo seu modelo desse veículo. Nós coletamos os dados por meio de entrevistas em profundidade com profissionais das áreas de negócio do veículo conectado, de TI e jurídico-regulatória, recorrendo, também, à análise documental.
Nós concluímos que é possível combater efetivamente as ameaças à privacidade dos dados em aplicações de internet das coisas (IoT) com tecnologias incrementais de privacidade (PETs) e requisitos de privacidade na arquitetura dos sistemas (PbD). Além disto, concluímos que é crucial que as empresas desenvolvam estruturas independentes e dedicadas ao processo de governança dos dados.
Este estudo identifica aspectos cruciais para os gestores conciliarem a necessidade de criar produtos conectados com a demanda de privacidade dos dados. Esta é uma nova fronteira na gestão de organizações e, por isso, precisa ser avaliada criteriosamente.