Resumo

Título do Artigo

ORGANIZATIONAL READINESS E REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NAS ANIMAÇÕES DISNEY: Análise Fílmica de “A Princesa e o Sapo”
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Prontidão organizacional
Animações
Representações de Trabalho

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Experiências no ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Polyana Alvarenga Matumoto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN
2 - Valdir Machado Valadão Júnior
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Fagen
3 - Fernanda Francielle de Oliveira Malaquias
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - PPGA/FAGEN

Reumo

Organizational Readiness é um construto que descreve as expectativas antecipatórias sobre a vida organizacional que poderão afetar comportamentos, decisões e sentimentos neste contexto (GRIFFIN; LEARMONTH; PIPER, 2018). Essas expectativas se desenvolvem gradualmente ao longo da infância até a vida adulta, à medida que influências culturais às quais somos expostos se internalizam. Vistas como um dos possíveis canais de influência cultural, as animações da Disney podem inspirar as crianças por meio de suas representações da vida organizacional e dos papéis de gênero (MUHDI, 2020; MAITY, 2014).
Problema: Quais associações podem ser estabelecidas entre cenas de “A princesa e o Sapo” nas quais estão presentes práticas de gerenciamento, vivências do trabalhador e representações de gênero e o possível desenvolvimento do organizacional readiness no seu público? Objetivo: realizar uma análise fílmica da animação “A Princesa e o Sapo”, procurando reconhecer exemplos de prática de gerenciamento e vivências do trabalhador, além de representações de gênero, que possam fornecer impressões de trabalho e vida organizacional e afetar o desenvolvimento do organizational readiness do seu público.
Griffin, Harding e Learmonth (2017, p. 869) definiram organizational readiness como “expectativas socioculturais sobre o trabalho que preparam os jovens (embora indiretamente e de maneiras complexas e multifacetadas) para sua vida futura nas organizações”. Eles analisaram 54 animações da Disney e identificaram um paradoxo, pois enquanto as animações anteriores da Disney contemplavam normas de gênero de que as meninas são frágeis e devem evitar o trabalho, as produções contemporâneas contemplam normas de gênero contemplam normas de gênero de que as meninas devem ser fortes e ter um trabalho.
Para operacionalizar metodologicamente a pesquisa os procedimentos adotados foram: assistir ao filme “A Princesa e o Sapo” por três vezes pela plataforma de streaming Disney+. As cenas identificadas como de interesse da pesquisa foram descritas e os diálogos transcritos sistematicamente e relacionados ao tempo de exibição. Seguindo protocolo de Griffin, Learmonth e Piper (2018) foi realizada uma análise temática dos dados para explorar questões relacionadas ao trabalho dentro da animação e em seguida os dados foram codificados.
Na animação analisada por este estudo, é possível identificar claramente cenas que fornecem impressões sobre a natureza da vida profissional – impressões essas que conforme apontado por Griffin, Harding e Learmonth (2017) e por Griffin, Learmonth e Piper (2018) podem ter implicações importantes para as crianças futuramente, podendo influenciar suas expectativas e aprendizados sobre as organizações e a vida profissional.
Torna-se possível pensar que há uma associação entre práticas de gerenciamento, vivência do trabalhador, representações de gênero e o possível desenvolvimento de prontidão organizacional para o público que assistiu ao filme analisado, bem como a outros filmes que apresentam propostas semelhantes, que podem corroborar para o entendimento tanto da conformidade quanto da resistência organizacional.
GRIFFIN, M.; HARDING, N.; LEARMONTH, M. Whistle while you work? Disney animation, organizational readiness and gendered subjugation. Organization Studies, v. 38, n. 7, p. 869-894, 2017. GRIFFIN, M.; LEARMONTH, M.; PIPER, N. Organizational readiness: Culturally mediated learning through Disney animation. Academy of Management Learning & Education, v. 17, n. 1, p. 4-23, 2018. MAITY, N. Damsels in distress: A textual analysis of gender roles in Disney princess films. IOSR Journal of Humanities and Social Science, v. 19, n. 10, p. 28-31, 2014