Microempreendedor Individual (MEI)
Doces Artesanais
Diagrama de Ishikawa
Área
Artigos Aplicados
Tema
Operações
Autores
Nome
1 - Samuel Borges Barbosa UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Arquitetura Urbanismo e Design (FAUeD)
2 - Gustavo Alves de Melo UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
3 - Maria Gabriela Mendonça Peixoto UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Campus Rio Paranaíba
4 - César Neves Santa Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Rio Paranaíba
5 - Maria Cristina Angélico Mendonça UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Gestão Agroindustrial
Reumo
A produção de alimentos é um dos pilares de qualquer economia no mundo, haja vista que só as importações não são suficientes para suprir a demanda interna de um país (GOUVEIA, 2006). Devido a grande importância deste setor para economia brasileira, e focando no setor de produção de doces artesanais, este trabalho realizou uma investigação em uma indústria na região do Alto Paranaíba. Foram usadas ferramentas e conceitos da gestão da qualidade para a avaliação do ambiente de produção, com o intuito de auxiliar na categorização do produtor como Microempreendedor Individual (MEI).
A empresa pesquisada é informal, o local de produção é inapropriado, já que se encontra dentro de uma cozinha residencial, o que leva a fatores que não seguem os padrões de qualidade exigidos pela ANVISA e pelo SEBRAE, para que a proprietária possa se tornar uma MEI no setor alimentício. Foram feitos estudos, através de ferramentas da gestão da qualidade, para entender os principais problemas de higiene e segurança do ambiente de produção. Através das ferramenatas Diagrama de Causa e Efeito e da Failure Mode and Effect Analysis foi possível entender os problemas da empresa.
Analisando a a produção de doces artesanais da empresa, através de ferramentas como o Diagrama de Causa e Efeito e o FMEA, foi possível estabelecer uma situação-problema. Foi identificado que os maiores problemas da empresa estavam relacionados com os aspectos físicos do ambiente, como baixa iluminação em alguns ambientes, o calor excessivo, e ventilação inadequada. Através do FMEA foi identificado falta de higienização no ambiente de trabalho, fator chave para garantir a segurança alimentar do consumidor final. Também foi identificado a presença de animais domésticos no ambiente produtivo.
A partir dos diagnósticos obtidos foi proposto a aplicação da ferramenta 5S. O primeiro senso é utilização (seiri), que procura organizar o ambiente de trabalho. O segundo senso é ordenação (seiton), que procura mapear as ferramentas, objetos e informações. O terceiro senso é limpeza (seiso), que faz alusão ao ato de limpar as sujeiras do ambiente.O quarto senso é saúde (seiketsu), relacionado à saúde física e mental. O quinto e último senso é Autodisciplina (shitsuke), que tem como finalidade gerenciar as propostas dos sensos anteriores.
Após a coleta, análise dos dados e a aplicação das ferramentas da qualidade, foi possível apresentar melhorias no local de produção da empresa junto ao programa 5S. O empresário e os funcionários gostaram das propostas obtidas através da aplicação dos 5S, identificando melhora do ambiente de trabalho. Foi evidenciado principalmente a melhoria na organização e limpeza do ambiente. Em consequência da pandemia da COVID-19, a coleta de dados ocorreu de forma remota, sem a presença física dos pesquisadores no objeto de estudo.
Foi identificado no trabalho uma grande contribuição social para a empresa, pois foi necessário um estudo e a aplicação das ferramentas para entender melhor os problemas de higiene e segurança do trabalho no local. Com as melhorias será possível enquadrar a empresa como Microempreendedor Individual (MEI), possibilitando assim a obtenção de licenças sanitárias para a produção dos doces artesanais.