Resumo

Título do Artigo

Spillover de Conhecimento da Universidade para as empresas familiares portuguesas: barreiras e motivações para a inovação aberta
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Palavras Chave

spillover de conhecimento
universidades
empresas familiares

Área

Gestão da Inovação

Tema

Gestão do Conhecimento, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Autores

Nome
1 - Dênio Almeida Carneiro
Universidade da Beira Interior - Departamento de Gestão e Economia
2 - Sara Gabriela Soares Venâncio
Universidade da Beira Interior (UBI) - Gestão

Reumo

Ao nível organizacional, o spillover de conhecimento das universidades para as empresas representa um dos principais estimuladores da inovação aberta no setor privado (Silva, Ferreira, Carayannis, & Ferreira, 2019 ; Carayannis, Goletsis, & Grigoroudis, 2018; Qian & Acs, 2013). Embora esta perspectiva de parceria com pesquisadores acadêmicos se mostre atraente (Perkmann, Neely, & Walsh, 2011), na prática, existe um fator limitante relacionado a maneira como as PMEs obtêm suas fontes de inovação "inbound" (Brown & Mason 2014).
Quais são as principais motivações e barreiras por parte das empresas familiares portuguesas ao se relacionarem com as Universidades visando a inovação aberta? Este estudo tem o objetivo de identificar as motivações e barreiras na relação das empresas familiares portugueses com as Universidades num contexto do projeto Spring, parceria da Universidade da Beira Interior, em Portugal, com empresas familiares portugueses visando promover uma mentalidade de crescimento baseada na inovação (Spring, 2021).
As universidades e as empresas vêm cooperando há séculos, transferindo conhecimento e unindo suas forças para seus próprios benefícios e benefícios sociais mais amplos (Galán‐Muros, & Plewa, 2016). No entanto, percebe-se um aumento nas discussões acadêmicas, políticas e gerenciais relacionadas a este tipo de parceria (Hemmert, Bstieler, & Okamuro, 2014), fomentada pelo desenvolvimento econômico, político e baseada nos conceitos de inovação aberta (Enkel, Gassmann, & Chesbrough, 2009).
Foram entrevistados 5 representantes das empresas familiares portuguesas. As entrevistas ocorreram durante o mês de maio e junho de 2021, com duração entre 60 a 90 minutos, de forma semi-estruturada, presencialmente e com a utilização de recursos de comunicação remota, utilizando-se como ponto de partida o modelo conceitual desenvolvido a partir do referencial teórico, conforme estudos anteriores (Martínez-Sanchis, Aragón-Amonarriz & Iturrioz-Landart, 2020; Mzid, Khachlouf & Soparnot, 2019).
Não reconheceram a importância da inovação aberta proveniente das universidades,consideraram que as experiências anteriores entre empresas e universidades foram fundamentais para o projeto,reconheceram a proximidade geográfica como fator facilitador da interação,identificaram a diferença cultural entre empresas e universidades como um entrave aos objetivos,não identificaram benefícios na relação com as universidades,além da orientada pelo convenio, e por fim,relataram que o sentimento de comprometimento e a harmonização dos objetivos por parte da universidade motivam a continuidade no projeto.
A maioria dos empresários entrevistados reconheceu a dificuldade em investir em conhecimento e equipamentos especializados, e que a inovação aberta, ocorre de forma informal, muitas vezes provenientes dos fornecedores. Alguns pontos fundamentais foram enfatizados, a aquisição de conhecimento e a possibilidade de interação com outras empresas, além do fato de possuir uma relação emocional com as universidades em decorrência do vínculo anterior como estudante.
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