Resumo

Título do Artigo

CULTURA INTRAEMPREENDEDORA: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SETORES DE UMA EMPRESA DA INDÚSTRIA CRIATIVA
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Palavras Chave

intraempreendedorismo
criatividade
indústria criativa

Área

Empreendedorismo

Tema

Microempreendedor, Empreendedorismo Regional e Empreendedorismo Corporativo.

Autores

Nome
1 - Carine Gabriele De Oliveira Edinger
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - campus II
2 - MARIA CRISTINA BOHNENBERGER
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Campus 2
3 - Serje Schmidt
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Campus II
4 - Cristiane Froehlich
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Programa de Pós_Graduação Mestrado em Administração

Reumo

A criatividade, a proatividade e a inovação são algumas características de profissionais empreendedores que, quando atuam como funcionários, podem se tornar intraempreendedores. Entretanto, é preciso que a empresa tenha um ambiente favorável para que este comportamento possa se manifestar. Este ambiente é desenvolvido a partir da construção de uma cultura organizacional que valoriza as características empreendedoras. É importante destacar que a criatividade, um elemento central da indústria criativa, pode favorecer o desenvolvimento de uma cultura intraempreendedora.
Nas indústrias tradicionais a racionalidade e a instrumentalidade são os mecanismos que orientam a definição de prioridades e a alocação de recursos. Nas indústrias criativas entra em cena a criatividade (BENDASSOLLI et al., 2009). Empresas de grande porte da indústria criativa possuem tanto setores tradicionais quanto os que que atuam intensamente com a criatividade. Neste contexto, esta pesquisa teve como objetivo analisar a relação entre a criatividade e a cultura organizacional intraempreendedora nos setores que compõem uma empresa de grande porte da indústria criativa.
Uma revisão da literatura indicou diversos fatores determinantes para o desenvolvimento do intraempreendedorismo. Morris, Kuratko e Covin (2011) destacam o foco nas pessoas e empowerment; aprendizado com os erros; colaboração e trabalho em equipe; liberdade para criar e errar; comprometimento e responsabilidade; ênfase no futuro e apoio financeiro. Bau e Wagner (2015) adicionam a gestão do conhecimento e o foco no cliente. Estes fatores também estão relacionados a um ambiente favorável ao desenvolvimento da criatividade, o que aproxima a indústria criativa com a cultura intraempreendedora.
A pesquisa caracteriza-se como descritiva de métodos mistos. A abordagem quantitativa ocorreu por meio um questionário online encaminhado a todos os funcionários da empresa contemplando os seis construtos identificados no referencial teórico e questões demográficas. A análise destes dados se deu pela análise fatorial exploratória (AFE) e correlação de Pearson. Para a abordagem qualitativa foram realizadas entrevistas com os gestores dos setores. As entrevistas, realizadas a partir de um roteiro semiestruturado a partir dos construtos do questionário, foram feitas presencialmente e gravadas.
Dos construtos identificados no referencial teórico quatro foram confirmados no ambiente empírico: motivação, autonomia, suporte financeiro e trabalho em equipe. Foi possível identificar que existem diferenças nas percepções de funcionários de setores mais criativos em comparação com os menos criativos. Os funcionários dos setores mais criativos possuem um menor grau de concordância em relação a motivação, a autonomia e o suporte financeiro. O construto trabalho em equipe não apresentou diferença significativa. Os resultados foram corroborados pelos gestores das áreas.
Empresas da indústria criativa possuem características semelhantes às organizações que possuem uma cultura organizacional intraempreendedora. Aspectos como abertura para novas ideias, motivação, criatividade e liberdade para criar podem ser consideradas características de ambas. Entretanto quando a empresa cresce alguns setores mais tradicionais são necessários. Neste estudo constatou-se que os funcionários de setores mais criativos apresentam um grau de concordância significativamente menor quando comparados aos menos criativos, apontando que há diferenças de acordo com a área de atuação.
BAU, Frank; WAGNER, Kerstin. Measuring corporate entrepreneurship culture. International Journal of Entrepreneurship and Small Business, v. 25, n. 2, p. 231-244, 2015 BENDASSOLLI, Pedro F.; WOOD JR, Thomaz; KIRSCHNBAUM, Charles; CUNHA, Miguel Pina. Indústrias criativas: definição, limites e possibilidades. RAE-revista de administração de empresas, v. 49, n. 1, p. 10-18, 2009. MORRIS, Michael H.; KURATKO, Donald F.; COVIN, Jeffrey G. Corporate Entrepreneurship & Innovation, Cengage, 2011.