Resumo

Título do Artigo

ENVELHECIMENTO E CARREIRA: COMPETÊNCIAS DE PROFISSIONAIS DE BANCOS PRIVADOS NO BRASIL
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Palavras Chave

Bancos
Envelhecimento
Competências

Área

Gestão de Pessoas

Tema

As faces da Diversidade

Autores

Nome
1 - Roberto Carlos de Oliveira
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - São Paulo
2 - Vanessa Martines Cepellos
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - SÃO PAULO

Reumo

A transformação demográfica é um fenômeno presente nas últimas décadas e atinge a grande maioria dos países, com efeitos acentuados essencialmente após a Segunda Guerra Mundial, onde se nota a desaceleração do ritmo de crescimento da população e o aumento da longevidade (BANCO MUNDIAL, 2011). Percebe-se que a discriminação etária ainda está bastante presente na cultura brasileira, e que iniciativas de políticas de inclusão ainda se apresentam de forma tímida e recente na pauta de poucas organizações (ABERJE, 2019).
Diante de todas as mudanças recentes de configurações no ambiente das organizações, em especial nos bancos, nota-se uma lacuna raramente tratada nas produções científicas referente aos temas envelhecimento e competências. Portanto, este artigo busca responder a seguinte pergunta de pesquisa: Quais as competências técnicas e comportamentais devem ser desenvolvidas por profissionais com 45 anos ou mais de idade que contribuam em promover o aumento da participação no quadro de colaboradores das instituições financeiras privadas no Brasil?
O crescente e acelerado aumento da população idosa no Brasil fica evidente quando se acompanha a evolução histórica do Índice de Envelhecimento (IE), que mede a razão entre a população idosa e a população jovem. Este indicador consiste em uma ferramenta que permite monitorar o crescimento e o ritmo do envelhecimento da população (CLOSS E SCHWANKE, 2012). Com relação ao setor bancário, contexto em que este trabalho está inserido, tem-se que a questão da idade ainda não se faz presente na pauta das discussões a respeito da inserção e manutenção de pessoas mais velhas. (GÓIS E DUARTE, 2008)
Para responder a pergunta de pesquisa foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 16 executivos de 8 instituições financeiras atuantes no Brasil, sendo 3 com origem de capital local e 5 de capital global.
Os executivos entrevistados apontam a necessidade de um novo perfil de liderança que seja um facilitador, atuando de forma menos burocrática e hierárquica e que seja capaz de desenvolver seus times além das capacitações técnicas, que estimulem o desenvolvimento das habilidades humanas, inspirando suas equipes a buscar resolver problemas e tomar decisões de forma mais ágil e assertiva amparadas em dados (Big Data).
Os resultados do estudo indicam que os executivos compreendem que o desenvolvimento de competências comportamentais se torna mais relevante em relação às competências técnicas. Também se constatou que as competências mais requeridas são flexibilidade cognitiva (adaptabilidade), aprendizado contínuo, alfabetização tecnológica, comunicação e gestão de pessoas.
ABERJE. A Diversidade e Inclusão nas Organizações no Brasil. São Paulo: Aberje, 2019. BANCO MUNDIAL. Envelhecendo em um Brasil mais velho: Implicações do envelhecimento populacional para o crescimento econômico, a redução da pobreza, as finanças públicas e a prestação de serviços. Brasília: Departamento do Brasil-Banco Mundial, 2011.