Resumo

Título do Artigo

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ PELO RELACIONAMENTO ENTRE PREFEITURAS E SOCIEDADE CIVIL NO TWITTER: UMA APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE REDES
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Palavras Chave

PARTICIPAÇÃO CIDADÃ
GESTÃO MUNICIPAL
REDES SOCIAIS

Área

Administração Pública

Tema

Relação Governo-Sociedade: Transparência, Accountability e Participação

Autores

Nome
1 - Caio Saber Lauro
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - São Paulo
2 - Daielly Melina Nassif Mantovani
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração

Reumo

Diamond (2010) denomina os sites de rede social como tecnologias de liberação (em inglês, liberation technologies) no sentido de prover aos cidadãos a capacidade de exercerem voz ativa frente aos acontecimentos da vida em sociedade. A tecnologia de liberação habilita cidadãos a reportar notícias, expor atitudes que consideram inadequadas, expressar opiniões, mobilizar protestos, monitorar eleições, escrutinizar o governo, aprofundar sua participação e expandir os horizontes da liberdade. (Diamond, 2010).
É cada vez maior a necessidade de se conectar com a sociedade civil através das redes sociais e aproveitar os ganhos de eficiência que elas oferecem. . Com cerca de 17,9 milhões de usuários ativos no Brasil (Statista, 2021), o Twitter encabeça papel crítico na disseminação de informações que influenciam a opinião pública e estimulam a participação civil em discussões sobre o cotidiano. O presente estudo visa mapear e descrever os diferentes atores sociais que interagem com prefeituras de quatro capitais brasileiras nas mídias sociais, especificamente o Twitter.
Similar ao termo e-commerce, o e-government (ou governo eletrônico) surge no início da década de 90 sob o boom da internet, representando a união das palavras governo e internet. (Grönlund & Horan, 2004). Quando tratamos em específico da inserção do e-government no contexto da Web 2.0, e portanto, das mídias sociais, Magro (2012) aponta que este fenômeno teve início em 2007 nos EUA. Apesar da baixa participação da população na época, a aceitação foi grande e, desde então, diversos governos ao redor do mundo passaram a utilizar as mídias sociais para se aproximar mais dos cidadãos.
A coleta dos dados foi feita através da linguagem python e o emprego da biblioteca tweepy para acessar e consumir os dados disponibilizados pela API do Twitter. A análise de redes proposta nesse estudo definiu como nós, aqueles usuários que tuitaram ou retuitaram publicações com menção às páginas oficiais das prefeituras que são o objeto desse estudo. Também foram captados os comentários feitos nos tweets publicados pelas prefeituras de RJ, Recife, Salvador e Natal, assim como respostas dadas a esses comentários.
Nota-se que todas as redes obtidas, com exceção da rede da Prefeitura do Rio de Janeiro, caracterizam-se como redes egocentradas, ou seja, estão baseadas em um determinado nó (no caso, as prefeituras). O comportamento da rede do Rio de Janeiro se torna particular, apresentando densidade bem reduzida em comparação com as demais redes de 0,0008431 sugerindo maior número de interações onde ocorrem menções à prefeitura acompanhada de outros atores sociais que se relacionam com as pautas abordadas nos tweets.
No Brasil, ainda são escassos os estudos que demonstram desdobramentos na área de governo eletrônico, identificando a forma como diferentes atores da sociedade interagem nas redes sociais e quais são as estratégias adotadas pelo poder público com o objetivo de aproveitar o potencial das redes sociais como ferramentas de promoção da transparência e participação cidadã.
Abu-Shanab, E. ; & Harb, Y. (2019). E-government research insights: Text mining analysis. 12p. 2019. Antiroikko, A.-V. ; M. Malkia, E R.E. & Savolainen. (2004)Transformation in Governance: New Directions in Government and Politics. 338 p. Choia, J. ; & Songb, C. (2020) Factors explaining why some citizens engage in E-participation, while others do not. 12 p. Feeney, M. ; & Welch, E. (2012) Electronic participation technologies and perceived outcomes for local government managers. 30 p.