Resumo

O termo “organização alternativa” tornou-se popular na arena multidisciplinar dos estudos organizacionais e vem conquistando espaço nos periódicos institucionalizados na área do Management e Estudos Organizacionais, contudo, ainda é marcado por controvérsias e perspectivas teóricas muitas vezes contraditórias entre si, a final, nem sempre é fácil decidir o que é “alternativo” (PARKER et al., 2014, p. 34).

O que a literatura do Management e Estudo Organizacionais diz sobre o conceito de organizações alternativas?

A pesquisa bibliográfica adotou a revisão sistemática com utilização de métodos explícitos e sistemáticos para identificar, selecionar e avaliar criticamente estudos primários, a partir de uma busca completa de pesquisas relevantes (MARTINS, 2018, Slide 4).

A análise interpretativa encontrou grande despreocupação quanto a definição do conceito, apenas 10, dos 34 artigos, apresentam, de forma objetiva, uma concepção para o termo. Foram criadas quatro categorias que ajudam a compreender as estratégias utilizadas pelos autores em relação à conceituação de organizações alternativas: 1) Utilização de conceitos alternativos de organização; 2) Criação de conceitos de organização; 3) Utilização de teoria social ou filosofia política em “organizações”; 4) Apresentação de um conceito objetivo de organização alternativa.

Apenas 10 dos 34 artigos, ou seja, menos de 30% das pesquisas, apresentaram alguma forma objetiva de conceituação para o termo “organização alternativa”. Com base em suas proposições foram identificados cinco fatores que poderiam ser considerados distintivos para a caracterização de organizações alternativas: 1) Se originam de uma crítica à ordem social dominante; 2) Não são puramente voltadas para o lucro; 3) Defendem ideais progressivos e alternativos, como métodos democráticos, igualitários e autônomos de trabalho e propriedade; 4) Estão mais sintonizadas com as necessidades humanas e ambie

BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. Ofício de sociólogo: a construção da metodologia na pesquisa. Petrópolis: Ed. Vozes, 2007. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 14. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998. MARTINS, Maria de Fátima. Estudos de Revisão de Literatura, 2018. 37 Slides. PowerPoint presentation. PARKER, Martin; CHENEY, George; FOURNIER, Valérie; LAND, Chris. The Routledge Companion to Alternative Organization. London: Routledge, 2014.